(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) é o principal barreira para que o governo Lula (PT) consiga ter orçamento para aumentar a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e equilibrar as contas do Brasil.

Além de agir de forma a defender as emendas parlamentares, foco de corrupção permanente em obras sem planejamento do Estado, Lira também impede a cobrança de impostos dos bilionários brasileiros.

Há duas semanas, Lira forçou a retirada da taxação sobre quem tem aplicação de capital em países estrangeiros (offshores) da MP 1171/23. Assim, o governo teve que editar uma nova MP e fazer um projeto de Lei para taxar os super-ricos. A taxação dos super-ricos estava na MP justamente porque ela tratava do aumento da isenção do imposto de renda e também do aumento do salário mínimo. Assim, o governo teria um equilíbrio fiscal.

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Em um evento do banco XP, Lira disse que não haverá disposição do parlamento em aprovar ações que impliquem em aumento de impostos, mesmo com o governo Lula articulando a construção de uma base de apoio mais sólida nas duas casas legislativas.

Enquanto torra o orçamento com emendas parlamentares em negociações infindáveis, Lira diz que o governo precisa cortar gastos. “O Congresso Nacional vem dando demonstrações inequívocas de que quer colaborar, que está muito atento a qualquer medida predatória, arrecadatória, que não seja compatível com o melhor rumo da economia para o país (…)“Nós não precisamos deste discurso de rico contra pobre neste país, todos precisam estar juntos, defendendo posições uníssonas, de medidas que sejam corretas, no tamanho certo”, afirmou.

Em resumo, Lira tenta arrancar do governo emendas parlamentares que são foco de corrupção enquanto busca barra a taxação dos super-ricos e inviabiliza a possibilidade de redução de impostos para a classe média e para a população mais pobre que dependente do salário mínimo.