(foto pablo valadares – cam dos deputados)

Hoje o bolsonarista Arthur Lira (PP), partido do antigo Paulo Maluf (quem se lembra?), mostrou suas garras contra o governo do presidente Lula e contra qualquer avanço social e ambiental para o Brasil. A tática de Lira já está conhecida: é impor derrotas ao governo Lula logo após o governo conseguir algum avanço ou conquista no Congresso.

Ao mesmo tempo em que aprovou um projeto importante para o governo, ‘o arcabouço fiscal’, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lira soltou a boiada para destruir o país, o meio ambiente e derrotar o governo Lula.

Antes já tinha instalado uma inútil e sem sentido CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) que é controlada por integrantes mais radicais da extrema direita, inclusive com um ex-ministro de Bolsonaro com investigações de crimes gravíssimos. O presidente CPI está sendo investigado por apoio aos atos golpistas de 8 de janeiro. É essa a CPI que o Arthur Lira aprovou para fustigar o governo Lula.

Logo após a aprovação do ‘arcabouço fiscal’, Lira soltou a alteração da Medida Provisória da reestruturação dos ministérios do governo. Algo que deveria ser atribuição exclusiva do Executivo. Ou seja, o Legislativo está dizendo como deve funcionar o Executivo. O texto aprovado, com Lira por trás comandando, enfraquece o Ministério do Meio Ambiente e Ministério dos Povos Indígenas. Outra picuinha destruidora de Lira.

Não contente, colocou a urgência para votar o fantasioso PL 490, que cria uma linha imaginária, um marco temporal para demarcação das terras indígenas. Ela restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição federal, sem qualquer estudo ou qualquer implicação do genocídio indígena desde a chegada dos portugueses. Uma data imaginária e sem qualquer fundamento. Os povos indígenas mais massacrados e até expulsos de suas terras são penalizados.

“Estamos diante de uma ofensiva do atraso direitista em nosso país. Temos de tentar reverter isso. Dia difícil hoje no Congresso”, disse Gleisi Hoffmann (PT). Esse é o Arthur Lira.