Obra-prima de inventividade e vigor, o “Concerto em fá para piano”, de George Gershwin (1898-1937), está no repertório das apresentações da Orquestra Sinfônica de Campinas, que acontecem neste final de semana, no sábado, 6, às 20h, e domingo,7, às 11h, no Teatro Castro Mendes. No solo e na regência, o pianista e maestro convidado Mateus Araujo, da Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, que também assina duas composições do repertório.

Os concertos têm início com a peça “Passeio ao Jardim do Paraíso”, do inglês Frederick Delius (1862-1934). Nascido no mesmo ano de Claude Debussy, se tornou, ao lado do impressionista francês, um dos maiores coloristas do início do século 20, particularmente famoso por seus idílios orquestrais. O “Passeio ao Jardim do Paraíso” (The Walk to the Paradise Garden) é um interlúdio de sua ópera A Village Romeo and Juliet, estreada em 1907, sobre uma história de dois adolescentes filhos de fazendeiros rivais que renunciam à vida para poder consumar seu amor.

Na sequência, a Sinfônica de Campinas interpreta duas obras de Mateus Araujo, “Suíte Brasileira” e “Bachmazonia”. A primeira apresenta elementos da música popular brasileira aliados aos recursos expressivos da orquestra clássica. A segunda, “Bachmazonia” é uma abertura sinfônica sobre o motivo B-A-C-H (letras correspondentes em alemão às notas si bemol, lá, dó e si natural). Bach usou este anagrama musical como tema ou célula geradora de várias de suas obras, assim como fizeram posteriormente muitos outros compositores em referência a ele.

Por fim, os músicos interpretam o “Concerto em Fá”, de George Gershwin. Em seus 38 anos de vida, Gershwin deixou um legado inigualável na música popular (mais de 500 de canções em mais de 50 musicais) e uma obra sinfônica original, que incorporou o sentimento e a identidade do povo americano. Trouxe à tona a expressão jazzística e a levou às suas últimas consequências, culminando em Porgy & Bess, considerada até hoje a maior ópera americana. Seu talento explodiu aos 25 anos com a famosa Rhapsody in Blue, uma peça para piano e jazz band, que foi logo em seguida orquestrada e conquistou sucesso imediato. No ano seguinte, o desafio de Gershwin era mostrar ao mundo a integração de suas habilidades num gênero clássico tradicional como o concerto para piano, e ainda assim expressar seu estilo inconfundível. Gershwin foi o pianista da estreia, no Carnegie Hall, em Nova York, em 1925. O “Concerto em Fá” é uma obra-prima de inventividade e desenvolvimento temático, que passou a influenciar gerações de músicos. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Programa

Frederick Delius (1862-1934)
Passeio ao Jardim do Paraíso

Mateus Araujo (1971)
Suíte Brasileira
Bachmazonia

George Gershwin (1898-1937)
Concerto em Fá

Orquestra Sinfônica de Campinas
Mateus Araujo, regente
Quando: sábado, 6 de maio, 20h
domingo, 7 de maio, 11h
Onde: Teatro Castro Mendes (Praça Correa de Lemos, s/n. Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272-9359.
Ingressos: sábado – R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências), R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual).
domingo – valor promocional: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia entrada); R$ 2,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 1,00 (estudantes das redes municipal e estadual).
Haverá food trucks na praça Correa de Lemos, em frente ao Teatro Castro Mendes.