Ciclo Fritz Lang exibirá gratuitamente sete filmes do cineasta austríaco

m-o-vampiro-de-dc3bcsseldorfComeça nesta segunda-feira, 29, e vai até dia 8 de julho, o Ciclo Fritz Lang, com curadoria de Laerte Ziggiatti e Rafl Giesse, que exibirá gratuitamente sete filmes do cineasta, realizador, argumentista e produtor nascido na Áustria, mas que dividiu sua carreira entre a Alemanha e Hollywood.

O ciclo começa com a exibição nesta segunda-feira do filme “Metrópolis”, às 19h. Metrópolis é um filme expressionista alemão de ficção científica dirigido por Fritz Lang. Produzido na Alemanha, durante um período estável da República de Weimar, Metropolis é definido em uma distopia futurista urbana e faz uso deste contexto para explorar a crise social entre trabalhadores e proprietários inerentes ao capitalismo, como expresso por Karl Marx e Friedrich Engels. O filme foi produzido nos estúdios Babelsberg por Universum Film AG (UFA). O cenário futurista foi fotografado por dois mestres – Karl Freund e Günther Rittau. O roteiro foi escrito pelo próprio Fritz Lang e por sua então esposa e colaboradora Thea von Harbou, também autora da história original. O filme é um Clássico do Expressionismo Alemão e do Cinema Mundial. (Preto e Branco. União Soviética, 1927. 153 min).

Na terça-feira, 30, a exibição será do filme “Dr. Mabuse – Parte 1 O Jogador”, às 19h. Líder de uma quadrilha, Dr. Mabuse planeja um grande golpe: o roubo de informações privilegiadas da bolsa de valores. Depois de usar seus poderes psíquicos em um golpe no jogo de cartas, Mabuse começa a ser investigado pelo Comissário Von Wenk. Mas as poucas pistas fazem com que o comissário procure alguém para ajudá-lo no caso. (Alemanhã, 1922. 120 min).

Na quarta-feira, 1, o público poderá assistir ao filme “Dr. Mabuse: O Inferno do Crime”, às 19h. As máscaras do Dr. Mabuse, gênio criminoso, hipnotizador, falsificador, mestre do disfarce e assassino vão caindo paulatinamente. Sua jornada pelo crime continua, mas cada vez mais o cerco vai se fechando pelo incansável investigador Von Venck. Dr. Mabuse tenta de todas as formas neutralizá-lo, chegando até a controlar sua mente numa impressionante sessão de hipnotismo coletivo. Já conhecendo seus métodos, o investigador juntamente com a polícia alemã tenta fechar o cerco. Vendo que seu fim está próximo, a genialidade diabólica do Dr. Mabuse dá lugar à insanidade. Este Mabuse é um dos grandes marcos da história do cinema, por utilizar novas técnicas narrativas. Progresso visto somente nos filmes de David Griffith, realizados oito anos antes desta produção. (Preto e Branco. Alemanha, 1922. 109 min).

“M, O Vampiro de Dusseldorf”, poderá ser visto na quinta-feira, 2, às 19h. Franz Becker (Peter Lorre) é um assassino em série de crianças, que se aproxima das suas vítimas enquanto assobia sempre uma mesma música. Depois de diversos crimes, a cidade é tomada pelo frenesi da investigação policial, e se torna um caos, enquanto o assassino vive uma vida simples e normal. A cobertura da imprensa, a ação de vigilantes e a pressão política acabam por atrapalhar o trabalho dos policiais. Na caçada ao homem que mata crianças, além de toda a sociedade e a polícia, os bandidos marginalizados também se juntarão. (Preto e Branco. Alemanha, 1927. 117 min).

No dia 6 de julho, segunda-feira, às 19h, as exibições do ciclo continuam com o filme “O Testamento do Dr. Mabuse”. Uma rede terrorista está à solta em Berlim. Seu objetivo é promover caos e anarquia, utilizando-se de instruções do Dr. Mabuse, que encontra-se em um hospital para doentes mentais em estado catatônico. O inspetor Lohmann é o responsável pela investigação do caso, e vai apertando o cerco através de provas cada vez mais estranhas. O filme teve sua exibição proibida na Alemanha durante aproximadamente duas décadas. (Preto e Branco. Alemanha, 1933, 122 min).

Na terça-feira, 7, às 19h, será exibido o filme “Almas Perversas”. O alemão Fritz Lang (Metrópolis, Dr. Mabuse) realizou Almas Perversas com o mesmo elenco de Um Retrato de Mulher (The Woman in the Window), os magistrais Edward G. Robinson, Dan Duryea e Joan Bennett. A história foi adaptada de A Cadela (La Chienne), um clássico francês dos anos 30 realizado por Jean Renoir. Na refilmagem, Lang fez um film noir hipnótico ao mostrar a obsessão amorosa de um homem de meia-idade (Edward G. Robinson) e de classe média por uma prostituta (Joan Bennett). Vítima do Código Hays, o filme foi bastante prejudicado na sua estréia, quando foi proibido em vários estados americanos acusado de “imoral, indecente, corrupto e por incitar o crime”. (EUA, 1945. 103 min).

As exibições do ciclo se encerram no dia 8, quarta-feira, às 19h, com o filme “Os Mil Olhos do Dr.Mabuse”. Mabuse regressa para destruir o mundo de vez. Através de uma rede de televisão, Mabuse vigia os clientes de um hotel luxuoso com o objetivo maléfico de roubá-los e matá-los. O milionário Trevors e a Interpol se unem então para capturá-lo. Último filme de Fritz Lang e também da série Dr. Mabuse. Depois do êxito obtido na Alemanha com os filmes “O Tigre de Bengala” e “O Sepulcro Indiano”, o produtor Artur Brauner, responsável pelo retorno de Lang à Alemanha, convidou-o a filmar um “remake” do “O Testamento do Dr. Mabuse”. Em contra proposta, Lang sugeriu uma nova variação sobre ele, retratando-o na Alemanha do final da década de 1950, como foram os outros da série, cada um no seu período. (Alemanha, França, Itália, 1960. 124 min).

As exibições são seguidas de debate e abertas ao público em geral. Mais informações AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)


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