(foto polina-tankilevitch-pxl)

Em tempos de bullying, assédio e ataques a escolas por influência de neonazistas e extremistas de direita, o trabalho de um psicólogo torna-se indispensável. E, por isso, foi aprovada uma lei em 2019 que garante a presença de psicólogo nas escolas.

Segundo a lei, os estabelecimentos de ensino devem contratar psicólogos e assistentes sociais em até um ano após sua entrada em vigor — a partir de 2020. Porém, com o advento da pandemia de Covid-19, a adoção da medida tem sido adiada sem justificativa. A Lei 13.935/19 obriga todas as redes públicas de ensino básico a contratar esses profissionais.

O prefeito de Campinas, Dario Saadi (Republicanos), partido ligado à Igreja Universal, eleito em 2020, já está em fim de mandato e ainda não contratou nenhum psicólogo para as escolas municipais. Dados do Censo Escolar 2023, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), revelam que nenhuma escola municipal de Campinas tem psicólogo à disposição das necessidades dos estudantes ou professores. Das 218 escolas municipais, nenhuma têm psicólogos em seus quadros.

Uma pesquisa do Ibope Inteligência também mostrou que os professores do 1º ao 5º ano consideram a falta de acompanhamento psicológico para alunos como principal problema (27%). Entre os professores do 6º ao 9º ano, a indisciplina dos alunos é destacada em maior proporção (18%). A Prefeitura de Campinas informou que pretende contratar apenas 50 psicólogos por meio de concurso público. (Com informações da ag. câmara)