(fotos divulgação e  Motaz Azaiza/UNRWA)

Uma inacreditável ação dos governadores de extrema direita, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Ele foram explorar a tragédia em Israel e dar apoio ao genocídio de crianças palestinas na faixa de Gaza. Os dois, sem qualquer pudor no rosto, se reuniram na terça-feira, 19 de março, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que é o responsável pelo genocídio em Gaza, assim como Hitler foi responsável pelo genocídio judeu no século passado.

O número de crianças mortas pela liderança de Netanyahu na Faixa de Gaza em 4 meses de guerra, de outubro de 2023 a fevereiro de 2024, superou o total de crianças mortas em todas as guerras do mundo durante 4 anos, de 2019 a 2022. Os números foram compilados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que calcula que uma criança é morta a cada 10 minutos em Gaza. 

Enquanto todas as guerras combinadas de 2019 a 2022 mataram 12.193 crianças, os quatro primeiros meses do conflito em Gaza tirou a vida de 12.300 crianças. Se acrescentarmos as mortes computadas em março, o número de crianças mortas em Gaza ultrapassou os 13 mil, de acordo com o Ministério de Saúde do enclave palestino.  

Caiado e Tarcísio também tiraram foto ao lado do Netanyahu que provocou, segundo a ONU Mulheres, a morte de 9 mil mulheres desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quatro meses. A agência alerta que o número pode ser ainda maior, já que há outros mortos sob os escombros.

A agência das Nações Unidas avalia que o conflito no enclave “também é uma guerra contra as mulheres”, que continuam a sofrer seus impactos. Em comunicado, a entidade afirma que mulheres estão sendo mortas e feridas a um ritmo sem precedentes.

O jornalista Kennedy Alencar, alertou que o artigo 84 da Constituição Federal prevê, no inciso 7, que “compete privativamente ao Presidente da República” a atribuição de “manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos”. O artigo 21 diz que “compete à União” a tarefa de “manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais”.

“Logo, os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) agem contra o que estabelece a Constituição brasileira. Para piorar, manifestam apoio a um governo de extrema direita que promove um genocídio em Gaza. Tampouco podem se dizer representantes do povo brasileiro para falar em pedido de desculpa por declarações do presidente Lula. Não têm atribuição legal para isso. A imprensa brasileira, que criticou duramente a condenação correta de Lula a Netanyahu, normaliza a visita dos governadores ao genocida israelense, que tem assassinado mulheres e crianças em Gaza”, anotou no X Twitter.