(foto de vídeo – criança bombardeada por Israel)

O Tribunal Internacional de Justiça, que fica em Haia, na Holanda, começa a analisar nesta quinta-feira (11) a queixa apresentada pela África do Sul contra Israel de genocídio dos palestinos na Faixa de Gaza. Em três meses, Israel já matou 10 mil crianças e 6,7 mil mulheres em um total 23 mil palestinos mortos desde o início dos bombardeios à região de Gaza. Há ainda 7 mil desaparecidos, o que deve elevar o genocídio para 30 mil pessoas.

Nesta primeira audiência em Haia, 15 juízes vão ouvir a argumentação sul-africana, que tem o apoio do Brasil e de vários países. O objetivo da África do Sul é o fim imediato do genocídio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou o apoio do Brasil à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel em 29 de dezembro de 2023, na Corte Internacional de Justiça (CIJ). O país africano acusa Israel de praticar um genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

A informação do apoio foi anunciada pelo Palácio do Itamaraty, em nota à imprensa, horas após o presidente receber o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, para discutir a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

A denúncia diz que Israel viola a Convenção sobre o Genocídio de 1948. O tratado define genocídio como “atos cometidos com a intenção de destruir no todo, ou em parte, uma nação”.

Para a África do Sul, assim como vários países que apoiam a iniciativa, a violência de Israel é genocida porque se destinam a destruir parte substancial do grupo nacional, racial e étnico palestino. “Como um povo que já provou os frutos amargos da desapropriação, discriminação, racismo e violência patrocinada pelo Estado, estamos certos de que ficaremos do lado certo da história”, dizem os africanos. (Com informações da Agência Brasil)