(Foto Lula Marques/ Agência Brasil)

Em sessão solene na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PL), sugeriu uma espécie de ‘reinado absolutista’ no Banco Central. Ele defendeu a necessidade de ampliar a autonomia da instituição ao dizer que “é difícil ter apenas autonomia operacional”. Campos Neto tem empresa em Paraíso Fiscal. A fala representa mais um ataque ao valor da democracia brasileira, visto que tira dos governos eleitos a capacidade de gestão fiscal.

A lei sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em fevereiro de 2021 concedeu autonomia operacional ao Banco Central e o art. 6º da Lei diz que a instituição tem “autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira”.

Mas Roberto Campos não está satisfeito e isso pode estar lidado a uma transação trilionária. Ele quer um reinado com poder absoluto no Banco Central. E há aí em jogo não só a insegurança econômica do Brasil, mas também interesses financeiros trilionários da elite econômica internacional e nacional.

Recentemente, Campos Neto passou a ser investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ter a intenção de ‘privatizar’ a gestão das reservas financeiras do Brasil conquistadas principalmente nos governos do PT.

O TCU irá apurar se há irregularidades e imprudência na defesa de Campos Neto de passar à iniciativa privada a gestão de parte dos ativos da população brasileira que estão sob administração do banco.

Bolsonarista, Campos Neto também age contra os interesses dos brasileiros e do governo Lula (PT), que foi eleito em 2022. Ele não reduziu as taxas básicas de juros, mesmo com pedidos insistentes da área econômica do governo, prejudicando toda a sociedade (principalmente empresários) e beneficiando exclusivamente o setor financeiro com os juros mais altos do mundo. O custo dos juros altos para a sociedade brasileira é gigantesco.

A autonomia do Banco Central rebaixou a democracia brasileira. (*com informações da Agência Brasil)