(fotos agência brasil)

Os brasileiros descobriram essa semana que estão pagando ou vão pagar R$ 4,8 milhões por causa de assédio e fraudes cometidos no governo Bolsonaro. Os valores são a soma dos custos do assédio do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e os custos da tentativa de fraude no segundo turno da eleição presidencial, com as blitzes para impedir que eleitores de Lula fossem às urnas.

Dados, obtidos pelo UOL por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostram que os bloqueios nas estradas que dificultaram o deslocamento de eleitores de Lula no segundo turno das eleições tiveram um alto custo para todos os brasileiros.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) gastou mais de R$ 1,3 milhão com pagamentos e diárias de agentes destacados para a ação que visava fraudar as eleições presidenciais. Segundo a reportagem, a superintendência da PRF em Minas Gerais foi a que mais usou recursos, R$ 107,1 mil. A da Bahia ficou em segundo, pagando mais de R$ 93,6 mil.

O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, atualmente preso, teria ido pessoalmente ao Nordeste para organizar a ação, o que não foi computado e deve ampliar esses custos.

Além desse R$ 1,3 milhão, a Justiça do Trabalho condenou, a título de danos morais e coletivos, a Caixa Econômica Federal a pagar R$ 3,5 milhões em indenização por causa dos assédios cometidos pelo presidente do Banco, Pedro Guimarães, que foi indicado por Bolsonaro.

A condenação ocorreu por ele ter humilhado e constrangido funcionários durante um evento institucional do banco público em 2021. A decisão foi assinada pela juíza do Trabalho Viviany Aparecida Carreira Moreira Rodrigues. O processo corria sob segredo de Justiça, mas foi liberado. A CEF é um banco público, que pertence ao governo do Brasil.

Na realidade, esses recursos deveriam ser pagos por Bolsonaro, Guimarães e Torres, não pelo povo brasileiro.