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Dados sobre casa própria na Europa mostram que a população de países do leste europeu, que passou por regimes comunistas após a Segunda Guerra, tem mais propriedade privada do que a média da população das grandes economias capitalistas como França, Inglaterra, Alemanha e outros. Aqui considerando a casa própria como a principal propriedade privada de uma família.

Ou seja, os países que sempre foram capitalistas, ainda que tiveram ou tenham governos socialistas ou social-democratas, não conseguiram em larga escala dar posse à principal propriedade privada de uma família: a casa própria. A propriedade privada nos países que sempre foram capitalistas fica concentrada em um menor número de famílias ricas. Veja mais informações AQUI.

No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD Contínua, realizada em 2019 pelo IBGE, revelou 66,4 % dos domicílios eram próprios (já pagos), 6% ainda pagando, 18% eram alugados e 9% eram cedidos.

O Brasil deu um salto em famílias com casa própria entre 2003 e 2014, período dos governos petistas de Lula e Dilma. Em 2003 eram 38,4 milhões e em 2014 saltou para 48,4 milhões, cerca de dez milhões de proprietários a mais. Um aumento de 26%.

Governo Bolsonaro paralisou a construção de casas populares durante os três primeiros anos de governo e retomou só este ano, ano de eleição. As entregas estão previstas para 2023. Serão construídas apenas 2.450 unidades!!! no Brasil inteiro pelo programa Casa Verde e Amarela. O programa antecessor, Minha Casa e Minha Vida, dos governos petistas, chegou a contratar 500 mil unidades para o antigo faixa 1 (famílias com renda até R$ 1.800) em um único ano.

Fora desses programas habitacionais, um dado interessante do PNAD 2019 é que há vários problemas graves nos domicílios brasileiros e cerca de 20% têm pelo menos uma inadequação habitacional, entre elas a ausência de banheiro de uso exclusivo, paredes externas com materiais não duráveis, adensamento excessivo de moradores e ausência de documento de propriedade.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que há no país mais de 5,1 milhões de domicílios em condições precárias em aglomerados de moradia subnormais. Nesses lugares, há inadequação de um ou mais serviços de abastecimento de água, fornecimento de energia, coleta de lixo, destino de esgoto, além de padrão urbanístico irregular ou restrição de ocupação do solo. Ou seja, em alguns casos moradias em morro e com risco de ocorrer deslizamento de terra.

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