Governo Bolsonaro que se diz “cristão’ tem recurso para Viagra e prótese peniana, mas falta para cisternas que levam água e acabam com a fome da população do semiárido. O governo militar de Bolsonaro praticamente acabou com o programa no ano passado, com uma redução de 98% no número de cisternas construídas em relação ao governo Dilma. O detalhe é que o Viagra e a próstese peniana são para quem tem altos salários pagos também com dinheiro público.

(foto toninho regis – o joiodotrigo – repr)

Dados do próprio Ministério da Cidadania, no último ano, revelam que o Programa Cisternas construiu somente 4,3 mil equipamentos em todo o semiárido. É o menor número desde a criação da política pública, em 2003 (no governo Lula), e representa uma queda de 98% em relação ao ano de 2014, no Governo Dilma (PT), quando foram concluídas 149 mil unidades.

Sem as cisternas, muitas famílias precisam recorrer a baldes, caixas e tambores para armazenar a água. As cisternas são um programa de baixo custo e, por isso, revolucionário, visto que não leva só água, mas também acaba com a fome, permitindo que famílias possam produzir alimentos.

“Desde 2014, com a diminuição dos recursos pra essa região, a gente vê progressivamente uma realidade muito grave voltar para o semiárido: a realidade da fome. São políticas de desenvolvimento que garantem uma estabilidade, uma segurança hídrica e alimentar para essas famílias. No momento em que retira isso, a gente começa a perceber que a fome volta, principalmente para as comunidades mais vulneráveis, que estão dispersas”, aponta Valquíria Lima, coordenadora executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) em Minas Gerais. A ASA é uma rede formada por mais de três mil organizações da sociedade civil de distintas naturezas que põe em prática políticas para melhorar as condições de vida no semiárido. (Com informações do BdF)