(fotos de julia gimenez e marília fonseca – mst)

Nesta quinta-feira (10/03), como parte das Jornadas de Março, as mulheres do Acampamento Marielle Vive! localizado em Valinhos (SP) fizeram um ato na prefeitura para solicitar uma reunião com as autoridades municipais com o objetivo de garantir os direitos de moradia das mais de 450 famílias acampadas sob risco de despejo. A ação contou com a participação de mulheres de movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos da Regional Campinas, que apoiam as famílias acampadas há 4 anos.

É incrível que os órgãos públicos não tentem resolver o problema garantindo direitos humanos e sociais. O Judiciário, o Executivo e o Legislativo são tão violentos que preferem jogar crianças na rua a indenizar proprietário de terra.

No dia 31 de março de 2022, vence o prazo de vigência da ADPF n°828, que é a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental que trata da suspensão dos despejos urbanos e rurais durante a pandemia. Segundo o MST, “levantando as bandeiras de Despejo Zero em contexto de grave crise sanitária e econômica, se busca garantir a permanência ou designação de outra área pública para as famílias acampadas conquistar o direito à terra, teto e trabalho. Além disso, a pauta apresentada à prefeitura trata de assuntos de educação, saúde e acesso aos serviços públicos do município”.

Para Paula Coelho da direção estadual do MST São Paulo, “neste momento de grave crise em que vivemos, de insegurança alimentar no país é um crime desalojar as 450 famílias que há quatro anos vem construindo suas vidas, produzindo alimentos saudáveis além de práticas de educação com crianças e adultos, cuidados coletivos e solidariedade. Por isso estamos aqui pedindo uma reunião com a prefeitura de Valinhos para que este crime não aconteça. E para que o poder público exerça o seu papel de garantir os direitos constitucionais dessas famílias.” (Com informações de divulgação)

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