O Ministério da Educação do governo Bolsonaro decidiu fazer o que os nazistas na Alemanha do século passado sabiam fazer como ninguém. Está perseguindo e investigando 30 professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) por terem exercido o direito de voto, uma prática democrática, no Conselho Universitário. O mais interessante é que o fato aconteceu há 12 anos.

“O MEC abriu um procedimento administrativo disciplinar contra 30 professores da UFF (Universidade Federal Fluminense) para que eles expliquem um voto que deram há 12 anos sobre a carreira administrativa dos funcionários da instituição. Na ocasião, os mestres, que integravam o Conselho Universitário da UFF, decidiram que os funcionários aposentados deveriam ter os mesmos aumentos dos que estavam na ativa, seguindo o princípio da isonomia e da integralidade”, revelou a coluna de Mônica Bérgamo.

O MEC é comandado por, Abraham Weintraub, um dos ministros mais desqualificados para a função desde a criação do Ministério da Educação. Em várias falas e postagens na internet o ministro já expressou sua incapacidade intelectual, com erros crassos e grosserias.

“É o maior abuso de autoridade que se comete contra a liberdade de manifestação e de voto nos Conselhos superiores da universidade pública”, diz Adriana Penna, da associação dos docentes da UFF. “É uma clara tentativa de intimidação e ataque a autonomia universitária.”

A entidade está dando apoio jurídicos aos professores. O ministério não respondeu aos questionamentos da coluna de até o fechamento desta edição.(Veja link)