Acredite se quiser. O governo Bolsonora vai tentar emplacar o mesmo discurso que permitiu a aprovação da reforma trabalhista e ver se cola mais uma vez. Paulo Guedes, o futuro ministro da economia, disse hoje que a reforma da previdência vai fazer o país crescer e vai ser um ‘choque’ de tantos empregos que serão criados.

Paulo Guedes (foto fabio pozzebom -ag. brasil)

O mesmo dicurso que foi usado na aprovação da reforma trabalhista mas, após um ano, não gerou empregos, mas retirou cerca de 100 direitos e benefícios dos trabalhadores.

Para aprovar a reforma da previdência, Guedes afirmou hoje (17 de dezembro)  sem constrangimento que  o país vai criar “uma enorme indústria previdenciária que vai botar o Brasil para crescer 4%, 5% ao ano”.

Guedes disse que o novo sistema será apenas para os jovens que ingressarem no mercado de trabalho, assim como o novo regime trabalhista, onde vale a negociação, que será optativo.

A reforma vai retirar o Estado como protetor social e entregar nas mãos de empresas de previdênica, capitaneadas pelos grandes bancos.

A reforma vai incluir um sistema de capitalização. Segundo o futuro ministro, é preciso fazer como foi feito no Chile.

“Primeiro vamos tentar acertar esse [sistema] que está aí e depois a gente aprofunda e vai na libertação das gerações futuras, com um sistema de capitalização que democratiza o hábito de poupança, liberta as empresas dos encargos trabalhistas. Vai ser um choque de criação de novos empregos, dá a portabilidade, direito de investir onde quiser”.

Guedes explicou que, nesse novo sistema, o Estado garante o resultado, mas não opera diretamente, agindo como coordenador e fiscal. (Carta Campinas com informações da Agência Brasil)