A_ULTIMA_DANCA_024-768x512 (640x427)Em São Paulo -Em cartaz no Viga Espaço Cênico até 15 de agosto, com sessões às segundas-feiras, sempre às 21h, o espetáculo “A última Dança” narra a trajetória da escritora e filósofa francesa Simone Adolphine Weil (1909-1943), que se tornou operária para escrever sobre o cotidiano dentro das fábricas.

Com dramaturgia de César Baptista, a montagem é inspirada no diário da pensadora e aborda o período em que ela abandona seu trabalho e sua família para se tornar operária. Sua missão era escrever sobre o cotidiano em uma fábrica.

Entre as máquinas da linha de produção, ela relata as precárias condições do ofício (o calor das fornalhas, a fome, as doenças, o barulho, o esgotamento físico, etc.), o medo dos empregados, o crescente ritmo de trabalho, as greves, o envelhecimento nesse ambiente e os pensamentos retraídos.

Outra referência é o livro “Simone Weil – A Condição Operária e Outros Estudos Sobre a Opressão”, de Eclea Bosi. A trilha sonora da peça é composta pelos ruídos das correias, das macetadas e outros sons da fábrica, que são transformados em música pelo compositor Daniel Maia.

Filha de médicos judeus, Weil formou-se em filosofia pela universidade Sorbonne, na França. Ela foi trabalhar na linha de produção por volta dos 25 anos de idade, porque acreditava que esta era a única maneira de entender a condição operária e a opressão social.

A filósofa lutou ao lado dos republicanos na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa, durante a Segunda Guerra Mundial. Morreu precocemente, aos 34 anos, com tuberculose. (Carta Campinas com informações de divulgação)

A Última Dança, de César Baptista
Quanto: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)
Onde: Viga Espaço Cênico Rua Capote Valente, 1323 Pinheiros – Oeste São Paulo
Estação Sumaré (Metrô – Linha 2 Verde)
De 13/06 a 15/08
Segundas, às 21h
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos