Ciro Gomes defende em Campinas um projeto nacional contra o neoliberalismo do governo Temer

antoninho perri unicamp divulgaEm seminário realizado em Campinas, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) defendeu o desenvolvimento de um projeto nacional de desenvolvimento contra a política neoliberal promovida pelo governo interino de Michel Temer (PMDB).

Ele sustentou, na contramão da moda neoliberal, que o Brasil precisa construir um novo projeto nacional de desenvolvimento, com começo, meio e fim. “Este projeto nacional de desenvolvimento deveria ter um compromisso tático e um objetivo estratégico”, afirmou.

Para Ciro Gomes, o objetivo estratégico deveria estar regido pela superação da desigualdade social. “Afirmar o crescimento significa colocar este compromisso tático e subordinar todas as outras condições a ele. E administrar as contradições inerentes a isso, diferente do que vem sendo feito pelo governo atual. E o objetivo estratégico seria o de superar a desigualdade social”, disse.

Ciro Gomes, virtual candidato à presidência em 2018, foi também ex-ministro da integração nacional no primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva e governador do Ceará, entre 1991 e 1994.

Ele também disse que o compromisso tático deveria ser pautado pelo crescimento econômico. “Parece um truísmo o que eu estou dizendo, mas faz três décadas que o Brasil perdeu qualquer compromisso com o seu desenvolvimento. É só olhar a média de crescimento dos anos de 1980 para cá: dá 2% ao ano. Se descontarmos o crescimento demográfico, a renda per capita do Brasil está crescendo a uma fração ínfima de zero vírgula nada. Isso em uma sociedade fragmentada pela violência, pela doença, pela hiperurbanização e por um padrão de consumo cuja renda não se sustenta.”

Ciro Gomes participou com o economista Gonzaga Belluzzo e outros do seminário no Instituto de Economia da Unicamp na quarta-feria, 15/06. O evento debateu a atual crise política e econômica do país e as alternativas possíveis para superá-la. O professor Denis Maracci Gimenez, do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Unicamp, organizou os debates. (Carta Campinas com informações de divulgação)


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