54d8288fe67a75a3438c137a1504162aA próxima homenageada do ciclo “O olhar feminino no cinema”, com curadoria do jornalista Ricardo Pereira, é a neozelandesa Jane Campion com o filme “O Piano” que será exibido no próximo sábado, 12 de abril, às 16h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas.

Jane cursou Antropologia na Victoria University of Wellington, e Belas Artes no Sydney College of the Arts, nos anos 70. Começou a fazer curtas no início da década de 80, frequentando a Escola Australiana de Cinema e Televisão. Seu primeiro curta-metragem, “Peel”, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1986. Realizou seu primeiro longa, “Sweetie” em 89 e desde então fez outros seis filmes, além de curtas, vídeos e séries de televisão. É a única mulher a ganhar a Palma de Ouro de Melhor Direção em Cannes.

“O Piano”, filme de 1993, com bela fotografia e delicada musicalidade, traz a história de Ada McGrath (Holly Hunter), que é muda e usa o piano para extravasar seus sentimentos. No séc. 19, ela e sua filha Flora (Anna Paquin) são enviadas para a Nova Zelândia (ainda um tanto selvagem) para um casamento arranjado com o fazendeiro Stewart (Sam Neill). No desembarque, seu piano é deixado na praia, pois seria muito difícil carregá-lo e Stewart não compreende o quanto Ada precisa do instrumento. Já George Baines, um rústico vizinho, percebe porque o piano é tão importante quando, na praia, ouve Ada tocar. Atraído por Ada, Baines compra o piano com a intenção de conquistá-la. De maneira poética e intensa, as emoções dos personagens vão sendo reveladas: a sexualidade de Ada, a ternura de Baines, o ciúme de Stewart.

Em 1993, em Cannes, Holly Hunter conquistou o prêmio de Melhor Atriz e Jane obteve a Palma de Ouro de Direção. Em 1994, o filme conquistou os Oscars de Melhor Atriz (Holly Hunter), Atriz Coadjuvante (Anna Paquin), Roteiro Original e foi indicado aos de Fotografia, Figurino, Direção, Edição e Melhor Filme.

A exibição é gratuita sempre seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)