No dia 25 de fevereiro, por volta das 21 horas, uma caminhão passou na Rua Gino Carnevale no bairro Jardim Tupi, em Campinas (SP) e arrebentou um fio de energia. Uma faísca entrou no caminhão e a carga, que era de papel higiênico começou a pegar fogo.

Danielson Maniuc de Lima
Danielson Maniuc de Lima e Maria Lucia Porfirio da Silva.

Nesse momento, o bombeiro aposentado, Danielson Maniuc de Lima, que mora em frente ao local, foi verificar o que estava ocorrendo e percebeu que a caçamba do caminhão estava soltando fumaça e esquentando. Ele chamou os bombeiros, mas na intenção de agilizar a situação e impedir que o caminhão esquentasse mais, tentou amenizar o calor com uma mangueira. Subiu em uma escada para alcançar o teto da caçamba e, em algum momento, foi surpreendido com uma fumaça quente enquanto tentava colocar a mangueira em uma fresta da caçamba. Essa fumaça o fez perder o equilíbrio e cair de uma altura de 4 metros.

O bombeiro Maniuc bateu a cabeça, sofreu uma pequena hemorragia interna, e está internado no hospital Mário Gatti, em Campinas.

O seu quadro é estável, mas ele ainda ficará internado até segunda (3) para realizar uma nova tomografia. “Ele está bem, e tem uma costela quebrada. Está andando e falando, mas com muita dor nas costas por causa da fratura. Aparentemente, ele não corre nenhum risco”, disse a filha Danielle Porfirio.

Além de ser vítima do acidente, a família ficou indignada com uma notícia publicada no Correio Popular sobre o fato. No texto, o jornal não diz o nome do bombeiro, mas afirma que ele caiu porque foi atender ao celular enquanto estava apagando o fogo. “Como foi escrito, é como se fosse um velho aposentado que não sabe o que faz. Nós tentamos pedir a retificação da noticia para a jornalista do Correio. No dia em que ela foi publicada, minha mãe ligou no Correio dizendo que não concordava com a informação do celular, e pediu explicações, além de pedir a retificação. A jornalista disse que tentaria falar com a chefe dela, para retificar. Até agora não tivemos novas informações. Minha mãe pretende ligar novamente, mas ela tem passado o dia todo no hospital, e ainda não foi atrás disso de novo”, relata Danielle, que também afirma que ao entrar em contato com a jornalista, ela não soube dizer de onde saiu a informação do celular.

Danielson Maniuc de Lima foi bombeiro por 30 anos. Ele já trabalhou no quartel do Centro de Campinas, no quartel do aeroporto de Viracopos, no quartel do Jardim das Oliveiras e no quartel do Jardim do Lago. Em 2000 ganhou uma viagem para Paris por ser premiado o melhor bombeiro do Estado. “Meu pai, durante os 30 anos de profissão, permaneceu como Soldado, pois o seu prazer era atender as ocorrências já que quando a patente sobe, o trabalho nas ruas diminui. Tanto que, agora aposentado, ele porta a patente de Sargento, pois subiu os cargos que deveria ter subido durante seus trinta anos de trabalho somente quando aposentou”, revela Danielle.