Lasar Segall (1891-1957). Dostoiévski, c. 1927. Xilogravura sobre papel. Coleção Museu Lasar Segall/Ibram/Minc
Lasar Segall (1891-1957). Dostoiévski, c. 1927. Xilogravura sobre papel. Coleção Museu Lasar Segall/Ibram/Minc

No mês de julho, o Museu Lasar Segall recebeu a exposição “Noites Brancas: Dostoiévski ilustrado”, com 44 obras,  entre gravuras, desenhos e livros originais, de 22 artistas que representam em cores e formas alguns personagens e situações de romances do escritor russo Fiódor Dostoiévski.

Nomes como Lasar Segall, Oswaldo Goeldi, dentre outros artistas que representam o expressionismo alemão, faziam parte da mostra. Os desenhos, em sua maioria jogando com a estética da luz e da sombra, de certa forma, refletiam a atmosfera de boa parte da obra do escritor russo: obscura, misteriosa, tangente ao subsolo, às prisões da mente, à vaidade, aos cárceres sociais.

Ver Dostoiévski ilustrado sem dúvida foi uma oportunidade de compreender a sua obra a partir de outros suportes. No entanto, para os que não viram as ilustrações, a repercussão da obra do autor de O Idiota e Os Irmãos Karamázov continua agora através do cinema.

O ciclo Dostoiévski e o cinema, organizado pela pesquisadora e crítica Ilana Feldman, conta com a exibição dos longas Os irmãos Karamazov (1958), de Richard Brooks, Crimes e pecados (1989), de Woody Allen, Partner (1968), de Bernardo Bertolucci, Nina (2004), de Heitor Dhalia, entre outros, e vai até dia 25/08 no Museu Lasar Segall.

Dostoiévski e o cinema
Museu Lasar Segall – Rua Berta, 111 – São Paulo (SP)

03/08 a 25/08, sábados e domingos, às 14h
gratuito
Informações:  (11) 2159.0400 ou http://www.museusegall.org.br/

Veja um trecho de Os irmãos Karamazov (1958), de Richard Brooks: