(foto fernando frazão – agência brasil)

O mais importante da Operação Tempus Veritatis é a investigação, além da busca e apreensão, em endereços de diversos militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esse núcleo militar de alta patente, e que articulou o golpe de Estado, é quem garantia a sensação de impunidade expressada em todo o país por bolsonaristas que decidiam não cumprir a legislação à luz do dia, seja defendendo golpe de Estado, atacando pessoas, produzindo fake news, destruindo o meio ambiente, agredindo ou até matando pessoas. O núcleo militar de alta patente dava a sensação de impunidade necessária para o fascismo.

Esse núcleo militar dava um lastro, uma garantia de impunidade não só para Bolsonaro e seus filhos, assim como para os seguidores mais radicais. Os acampamentos nos quarteis militares eram um exemplo palpável dessa sensação de impunidade. Além é claro da tentativa de explodir uma bomba no aeroporto de Brasília por extremistas radicais.

A Operação, deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF) e que investiga a existência de uma organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado, chegou ao núcleo duro dos 4 anos de desgoverno. Veja em destaque os principais militares investigados:

Segundo a investigação, entre os alvos da operação estão:

– o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira;

– ex-ministro da Casa Civil e da Defesa general Walter Souza Braga Netto;

– ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;

major da reserva Ângelo Martins Denicoli;

coronel reformado do Exército Aílton Gonçalves Moraes Barros;

coronel Guilherme Marques Almeida;

– tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;

– tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros

ex-comandante-geral da Marinha almirante Almir Garnier Santos;

general Mário Fernandes;

– ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;

general de Brigada reformado Laércio Vergílio;

– Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;

– ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;

– presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Há mandados de prisão contra:

– o ex-assessor especial de Bolsonaro Felipe Martins

– coronel Bernardo Romão Correa Neto

– coronel da reserva Marcelo Costa Câmara

– major Rafael Martins de Oliveira.