.Por Marcelo Mattos.

O violento assassinato do dirigente partidário Marcelo Arruda, com dois tiros à queima roupa durante a comemoração dos seus 50 anos, em Faz de Iguaçu/PR, não é uma obra do acaso, nem a desonestidade fictícia resultante da chamada “polarização política”. O que vimos foi um crime abominável premeditado individualmente (pelo agente homicida) e coletivamente, instigado pela barbárie irascível, pelo ódio e pela política supremacista e criminosa gestada pelo atual mandatário da República.

(imagem reprodução)

Não existe a simetria de pontos divergentes, a “polarização” é única e celular: só existe apenas um único polo retroalimentado pela horda fascista responsável pela omissão de uma política de saúde resultando mais de 674 mil mortos pela Covid-19; pela estimulo à devastação da floresta Amazônia e bioma Cerrado, as mortes e invasões dos territórios indígenas pelo garimpo ilegal e narcotráfico; a execução covarde do ambientalista Bruno Pereira, Dom Phillips, Anderson Gomes e da vereadora Marielle Franco, há quatro anos sem conclusão quanto aos mandantes desse crime; a crescente violação à Liberdade de Expressão e ataques aos profissionais da imprensa (145 casos em 2021); a escalada de permissividade facilitando o uso de armamento sem controle do Estado; a difusão política e ideológica das escolas cívico-militares; o desmonte bilionário das políticas públicas e o esquema imoral do gerenciamento de bilhões de reais do “orçamento secreto” pelo Congresso; dos 33,1 milhões de brasileiros que hoje passam fome (15,5% de famílias que padecem de insegurança alimentar grave); das tentativas de invasão do STF; da tortura e morte de Genivaldo Jesus numa “câmera de gás lacrimogêneo”, numa viatura da Polícia Rodoviária Federal; o aumento de 70% em 2021 no comércio armas e o crescimento em 325% em três anos no número de licenças para o uso de armas, além das ameaças de mortes de adversários políticos, instigando a “fuzilar a petralhada”, expõe somente um único lado, só um exclusivo e abominável polo: o do ódio e a perversão sem escrúpulo de uma lida miliciana de um desgoverno protofascista.