A Câmara de Campinas aprovou, na sessão dessa quarta-feira (23), uma moção que apoia alunos, professores e trabalhadores da EMEF/EJA Oziel Alves Pereira que se mobilizam pela criação de nova escola e melhorias na região e foi proposta pelos vereadores Gustavo Petta (PCdoB), Cecílio Santos (PT), Guida Calixto (PT), Paolla Miguel (PT), Mariana Conti (PSOL) e Paulo Búfalo (PSOL).

(foto facebook EMEF/EJA Oziel Alves Pereira div)

A moção é aprovada na mesma semana em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre as denúncias de “captura” da pasta por pastores evangélicos. Segundo as denúncias, os recursos da Educação eram controlados por pastores evangélicos que, segundo um prefeito, cobram propina de 1kg de ouro para liberar recursos para a educação de crianças e adolescentes. Campinas é uma regiões mais industrializadas e ricas do país.

A moção de Campinas também vem após estudantes, professores, trabalhadores da educação e toda a comunidade atendida pela EMEF/EJA Oziel Alves Pereira se mobilizarem em busca de melhorias para a educação na região.

O prédio da escola é dividido entre as gestões municipal e estadual e, com o aumento da demanda na região, corre o risco de perder a gestão municipal que faz o atendimento dos estudantes de primeiro a nono ano do ensino fundamental, EJA e FUMEC.

Pensando nisso, esses agentes de representação buscam atenção da Câmara Municipal de Campinas em reunião realizada na escola no último dia 12 de março, onde apresentaram um documento trazendo demandas educacionais urgentes da Comunidade Oziel, Monte Cristo, Gleba B, Mata e Maitinha e da EMEF/EJA Oziel Alves Pereira, demandas estas que são essenciais para a manutenção da qualidade e continuidade do serviço educacional prestado à comunidade.

No documento entregue aos vereadores presentes, a comunidade lista demandas como garantia da permanência dos(as) alunos(as) ingressantes nas escolas técnicas de campinas (ETEC Bento Quirino, ETECAP, Instituto Federal e Cotuca) e reivindicação da construção de uma escola técnica com ensino médio na região sul de campinas; passe livre estudantil; necessidade de transporte escolar municipal para alunos(as) da região gleba b; resgate do espaço da biblioteca comunitária “João Antonio Nascimento da Silva”; garantia de acessibilidade física para todas as pessoas com deficiência da comunidade escolar; questão da FUMEC (exemplo de conflito entre os espaços municipais e estaduais); solicitação de construção de uma nova escola pública, de forma a separar as instâncias municipais e estaduais, para cumprimento do que foi solicitado pela comunidade desde os anos iniciais da ocupação.

“Acreditamos que a união da comunidade escolar é positiva para o avanço de melhorias e conquistas para a própria comunidade do Parque Oziel que, historicamente, tem na luta popular o reconhecimento da população campineira e que gerou diversas conquistas”, diz o documento aprovado nessa quarta-feira. (com informação de divulgação)