Exposição ‘Tunga: Conjunções Magnéticas’ propõe imersão na poética do artista a partir do conceito de ‘instauração’

Em São Paulo – Pode ser vista até o dia 10 de abril, no Instituto Tomie Ohtake, a exposição “Tunga: Conjunções Magnéticas“.

A exposição nasce da parceria entre o Itaú Cultural e o Instituto Tomie Ohtake, com obras que se estendem aos espaços das duas instituições, reunindo momentos significativos do processo e da carreira do artista. Segundo o curador Paulo Venancio Filho, é a partir do conceito de “instauração”, emprestado do próprio artista, que a mostra propõe uma imersão em sua poética, estabelecendo uma retrospectiva desapegada de uma leitura cronológica.

(Foto: Divulgação/Gabi Carrera)

As 300 obras que fazem parte da exposição abrangem desde trabalhos do início da carreira, nos anos 1970, até algumas de suas últimas criações, datadas de 2015.

A maior exposição já dedicada no país ao artista, nome central da cena contemporânea brasileira, revela tanto a pluralidade de sua pesquisa em diferentes áreas do conhecimento quanto o caráter irrequieto de sua obra, dos desenhos às instalações que o projetaram no exterior, justapondo materiais como cristais, líquidos, resinas, metais, tecidos, papéis e fios.

Na vertente exibida no Instituto Tomie Ohtake, as obras ÃO (1981) e Gravitação Magnética (1987) têm especial destaque. Expostas pela primeira vez nas 16ª e 19ª edições da Bienal de São Paulo, são consideradas algumas das mais representativas da carreira do artista.

A instalação fílmica ÃO traz uma captação no Túnel Dois irmãos, o atual Túnel Zuzu Angel, no Rio de Janeiro, editada de forma a aludir a um movimento circular. Já a instalação Gravitação Magnética é resultado da interação de materiais frequentes na sua produção, como ferro, limalhas e ímãs.

Nesta versão, adaptada ao grande hall do Instituto Tomie Ohtake, fios de ferro escorrem do teto como cabelos, sendo marcante pela sua monumentalidade na ocupação do espaço.

“Pelo seu porte e dimensão, dois dos mais importantes trabalhos da trajetória do artista, Gravitação Magnética e Ão, assim como alguns de seus desenhos fundamentais, são exibidos no Instituto Tomie Ohtake”, anota o curador Paulo Venancio Filho.

Tunga, 2007, Sem Titulo (Foto: Jaime Acioli)

Os trabalhos de Tunga se espalham nos três pavimentos do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, sem um apontamento retrospectivo, com obras de diferentes épocas expostas lado a lado.

No Itaú Cultural é possível ver obras que representam dois temas recorrentes na obra do artista: o corpo e a sexualidade. Há, nesse cenário, os mais diferentes tamanhos e versões de dedos, ossos e fios de cabelo. O corpo feminino surge em desenhos guardados em cadernetas de artistas e em versões maiores, enquadradas e expostas nas paredes.

Há também a visão de dentes em variadas versões. Em resina, preparados em tamanhos semelhantes aos naturais e em uma cascata metálica de alumínio, agigantados.

Mais informações sobre a Mostra no SITE do Instituto Tomie Ohtake.

Tunga: Conjunções Magnéticas

Até 10 de abril 2022

Curadoria: Paulo Venancio Filho

Projeto expográfico: Isa Gebara

De terça a domingo, das 11h às 20h. Entrada gratuita

Conheça os protocolos de segurança clicando AQUI

Instituto Tomie Ohtake (Salas 1 e 2 e Grande Hall) e Itaú Cultural (1º andar, subsolo 1 e subsolo 2)

Realização: Equipe Itaú Cultural e Instituto Tunga

Parceria: Instituto Tomie Ohtake

Itaú Cultural

Av. Paulista, 149, Paraíso – São Paulo

Terça-feira a domingo, das 11h às 19h

Classificação indicativa: 12 anos

Entrada gratuita, sem necessidade de agendamento prévio.

(Carta Campinas com informações de divulgação)


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