A série Ideias, promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que tensionam a agenda sociocultural e educativa atual, com o objetivo de incentivar a reflexão no contexto desafiador em que nos encontramos. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Conhecimentos dos povos tradicionais e biodiversidade (Foto: Sônia Guajajara acervo pessoal)

Entre os dias 20 e 24 de abril, a série trata de assuntos diversos, como Panorama das Práticas Leitoras Durante a Pandemia, na terça (20/04); Conhecimentos dos Povos Tradicionais, Biodiversidade e Políticas Públicas, na quinta (22/04); e Trabalho, Precarização e Resistências, no sábado (24/04), encerrando a semana de debates.

PROGRAMAÇÃO IDEIAS #EMCASACOMSESC

20 de abril, terça-feira
Panorama das Práticas Leitoras Durante a Pandemia

Com o advento do isolamento social decorrente da crise sanitária do coronavírus, as relações entre leitores, livreiros e acervos se viu profundamente abalada e modificada. Com o fechamento de acervos públicos de empréstimo, interrupção de serviços de mediação e fomento à leitura, impossibilidade de realização de feiras e festivais com venda de livros e a migração para os ambientes virtuais, os modos de acesso ao livro e os meios de troca e estímulo à leitura sofreram modificações sensíveis, que podem, um ano depois, ser mensuradas e exemplificadas em diferentes iniciativas. A mesa reúne especialistas de diferentes áreas da cadeia do livro, que apresentam suas perspectivas sobre as práticas leitoras neste último ano, além de um breve panorama sobre o assunto.

Participantes:

Beatriz Alves – atua há quase 15 anos no mercado editorial com foco em vendas de livros importados na América Latina e Caribe. Internacionalista com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, é idealizadora do projeto Cadê o Livro, um mapa colaborativo de livrarias brasileiras (http://www.cadeolivro.com.br/)

Ricardo Giassetti – presidente do Instituto Mojo de Comunicação Intercultural e ativista das causas colaborativas, participativas e sociais. Ex-jornalista e publicitário. Aplica seus esforços na aproximação de culturas diversas e no acesso irrestrito ao chamado Domínio Público a todos os brasileiros por meio de projetos como o Clube do Livro para LeitoresExtraordinários (mojo.org.br) e seu viés institucional, o Literatura Livre, inaugurado com realização do Sesc-SP (http://literaturalivre.sescsp.org.br/)

Zoara Failla – socióloga pela UNESP, com mestrado em psicologia social na PUC-SP e pós-graduação pela FGV-SP. Coordenou o Programa de Melhorias do Ensino Médio/SEE-SP como consultora do PNUD. Consultora nos 5 PALOPS, entre outras atividades na FUNDAP. Desde 2006, no Instituto Pró-Livro, coordenou o Programa Mais Livro e Mais Leitura, em parceria com o MINC; a Plataforma Pró-Livro e as quatro edições do Prêmio IPL – Retratos da Leitura; quatro edições da Pesquisa Retratos da leitura no Brasil, e a Retratos da Leitura – bibliotecas escolares. Organizadora das obras Retratos da Leitura no Brasil 3 e 4 e autora de vários artigos sobre comportamento leitor do brasileiro.

Mediação e apresentação:

Sabrina da Paixão – historiadora, mestra e doutoranda em Educação (FEUSP). Foi supervisora do programa BiblioSesc no Sesc Osasco (2014 a 2019). Atualmente, é pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.

22 de abril, quinta-feira
Conhecimentos dos Povos Tradicionais, Biodiversidade e Políticas Públicas

Faz-se urgente promover um amplo debate entre a universidade e a sociedade a respeito das questões socioambientais da atualidade, com destaque para a importante contribuição dos povos indígenas e das comunidades tradicionais para a geração e a conservação da biodiversidade. Frente às constantes ameaças aos direitos desses povos, é igualmente fundamental que se discuta as políticas públicas que os afetam positiva ou negativamente. O objetivo deste encontro é contribuir com esse debate, buscando estabelecer novas alianças de resistência e forjar outras perspectivas de futuro para o Brasil e para o mundo. O evento faz parte do projeto Abril Indígena, do Sesc São Paulo em parceria com o Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena (CPEI) da Universidade Estadual de Campinas e com o Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) da Universidade de São Paulo.

Participantes:

Manuela Carneiro da Cunha – antropóloga, membro da Academia Brasileira de Ciências. Coordena, com Sônia Magalhães e Cristina Adams, o levantamento “Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil: Contribuições, Políticas, Ameaças”.

Sônia Guajajara – membro do povo Guajajara/Tentehar, que habita nas matas da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Militante indígena e ambiental, é coordenadora executiva dos Povos Indígenas do Brasil e já levou denúncias a diversos órgãos e instâncias internacionais.

Mediação:

Artionka Capiberibe – doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, professora de Antropologia da Unicamp, membro do Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena (CPEI) e autora do livro “Batismo de Fogo: Os Palikur e o Cristianismo” (Ed. Annablume, 2007).

Apresentação:

Danilo Cymrot – doutor em Criminologia pela USP e pesquisador do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.

24 de abril, sábado
Trabalho, Precarização e Resistências

O mundo do trabalho vem apresentando uma configuração multifacetada que, ao mesmo tempo em que amplia as atividades digitais, acentua a precarização e a perda de direitos da classe trabalhadora. Mas quais têm sido as principais consequências do avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no mundo do trabalho? Quais os reais significados dos trabalhos digitais que se expandem em escala global, ampliando ainda mais os níveis de informalidade? O capitalismo da pandemia acentua a precarização endêmica do trabalho no Brasil, que possui raízes fincadas na desigualdade social aqui existente, fazendo perecer milhares de vidas de trabalhadoras e trabalhadores. O debate pretende dar destaque ao trabalho de assistentes sociais, profissão que está historicamente vinculada à reprodução social.

Participantes:

Ricardo Antunes – professor titular de Sociologia do Trabalho no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – IFCH/UNICAMP. Coordena as Coleções “Mundo do Trabalho” (Boitempo) e “Trabalho e Emancipação” (Ed. Expressão Popular). Pesquisador do CNPq.

Inez Terezinha Stampa – professora e diretora do Departamento de Serviço Social da PUC-Rio. Coordena o Grupo de Pesquisas “Trabalho, Políticas Públicas e Serviço Social” (DGP/CNPq).

Mediação e apresentação:

Rafael Marino – doutorando em Ciência Política na USP e animador cultural do Sesc Belenzinho.

(Carta Campinas com informações de divulgação)