Campinas registrou oficialmente entre março de 2020 e fevereiro de 2021 cerca de 1.900 mortes por Covid. E nesta quinta-feira, 25 de março, são 2.226 mortes. No entanto, o número de mortos na cidade registrou um aumento explosivo de 40,6% no ano, cerca de 2.700 a mais do que a média histórica, segundo levantamento da base de dados de óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e que são repassados ao Portal da Transparência. No ano da pandemia, Campinas registrou 9.345 mortes.

(foto carlos bassan – pmc – div)

Se no crescimento explosivo de 40,6% pode ser incluído 1.900 casos oficiais de Covid, falta explicar um aumento de 800 mortes, que provavelmente também está relacionado com o coronavírus. Segundo a Arpen-Brasil, a crise de saúde pública instalada em razão da COVID-19 deixou a rede hospitalar à beira do colapso, aumentou no número de mortes em domicílios em razão da falta de leitos e pelo medo da ida aos hospitais. Tudo isso reflete no crescimento dos falecimentos por doenças respiratórias e cardíacas que também aumentaram.

Igualmente, o estado de São Paulo também teve um crescimento grande no número de mortos no ano da pandemia. O estado fechou o “ano da pandemia” com um total de quase 370 mil mortos, número recorde desde o início da série histórica. O período de março de 2020 a fevereiro de 2021 totalizou 368.533 mortes, 99.071 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003. Em termos percentuais, significa um crescimento de 36,7% de óbitos em relação à média histórica, que sempre esteve na casa de 1,5%, totalizando 35,2 pontos percentuais a mais no período. (Com informações de divulgação)