A série Teatro #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, traz a transmissão de diferentes trabalhos cênicos, direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30. Após completar três meses no ar, a série apresenta ao público na próxima semana os espetáculos Eu e Ela: Visita a Carolina Maria de Jesus, de Dirce Thomaz, Olar Universo, de Luciana Paes e Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores, de Antônio Petrin. Os espetáculos podem ser vistos no canal do Sesc São Paulo no YouTube e no Instagram Sesc Ao Vivo.

(Foto: Paulo Pereira)

Inaugurando a programação, na segunda-feira, 17/8, a atriz Dirce Thomaz apresenta o monólogo Eu e Ela: visita a Carolina Maria de Jesus, com direção da própria atriz-criadora e realização da Invasores Companhia Experimental de Teatro Negro. Narrado em primeira e terceira pessoas, o espetáculo mostra a vida da escritora Carolina Maria de Jesus, que escreveu sobre sua trajetória repleta de luta, superação e sofrimento. Tendo por base a obra-diário Quarto de Despejo, o espetáculo recebe adaptação especial para a série Teatro #EmCasaComSesc. A classificação indicativa é 12 anos. Atriz, diretora e dramaturga há mais de trinta anos, Dirce Thomaz é também presidente-fundadora do Centro de Desenvolvimento Cultural e Social do Negro Maria Thomaz de Jesus, com passagens marcantes no teatro, como a protagonista de Xica da Silva, com texto de Luís Alberto de Abreu e direção de Antunes Filho. Considerado um símbolo da escrita feminina no Brasil, Quarto de Despejo foi lançado em 1960 e tornou-se sucesso editorial. O livro narra o dia a dia das comunidades pobres da cidade de São Paulo, o sofrimento, a fome e as angústias dos moradores e as mudanças pelas quais passavam as favelas neste momento.

(Foto: Luciana Paes)

Com concepção, direção e atuação de Luciana Paes, integrante da Cia. Hiato, a peça Olar Universo será apresentada na quarta-feira, 19/08. Os textos do espetáculo são livremente inspirados nos livros “A Breve História de Quase Tudo”, de Bill Bryson, e “Sapiens”, de Yuval Noah Harari, obras que trazem para o público temas científicos gerais sobre o universo e as grandes perguntas feitas pelo homem. A direção de fotografia e operação de câmera é de Otávio Dantas e a trilha sonora de Kuki Stolarski. A peça narra a história de uma mulher em quarentena em seu apartamento, que tenta entender porque o universo se deu o trabalho de criá-la. Classificação indicativa: 12 anos.

Antonio Petrin (Foto: Paulo Sadao)

Na sexta-feira, 21/08, o ator Antônio Petrin apresenta Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores, grande sucesso de público e crítica. Com quase 52 anos de carreira, o ator volta a interpretar Jacek que, assim como ele, é um ator. Na peça, o ator polonês está às vésperas da estreia de uma montagem de Ricardo III, de Shakespeare, quando seus médicos o proíbem de continuar a trabalhar, pois sofre do coração. Para Jacek, encerrar sua carreira significa sua própria morte, tamanha sua vocação artística. Por isso, ele continua os ensaios. Atuar para ele é o que o faz estar vivo. Inspirado no depoimento de um ator polonês cardíaco, transcrito no livro Além das Ilhas Flutuantes, do diretor teatral italiano Eugênio Barba, a peça foi escrita e é dirigida por Eduardo Figueiredo. A trilha foi criada exclusivamente para o espetáculo, com piano interpretado por Elaine Giacomelli. Classificação indicativa: 14 anos.

Um palhaço em crise de identidade busca ajuda em uma sessão de terapia online. Este é o início do monólogo Pontos de Vista de um Palhaço, com Daniel Warren, que acontece no domingo, 23/08. Com direção de Maristela Chelala, que também assina a adaptação do texto original baseado no romance homônimo do escritor e dramaturgo alemão Heinrich Böll, Prêmio Nobel de Literatura em 1972, o espetáculo revela o lado melancólico do ofício de quem faz rir. O texto desloca o foco do protagonista amargurado do livro de Böll, Hans Schnier, e o fragmenta entre Hans e seu alter ego, um palhaço chamado Schnier – que, na adaptação de Chelala, se transforma no narrador da história, criando novas possibilidades de humor. Para interpretar a crise de identidade do personagem, Daniel Warren passeia por estados de espírito opostos, da graça ao sarcasmo e à revolta, manipulando com sutileza a máscara do palhaço para alternar-se entre Hans e Schnier. A peça é indicada para maiores de 12 anos.

Agenda 17 a 21 de agosto, 21h30

17/8, segunda: Dirce Thomaz em Eu e Ela: Visita a Carolina Maria de Jesus

19/8, quarta: Luciana Paes em Olar Universo

21/8, sexta: Antônio Petrin em Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores

23/8, domingo: Daniel Warren em Pontos de Vista de um Palhaço

(Carta Campinas com informações de divulgação)