Em São Paulo – Pode ser visto até o dia 19 de janeiro de 2020 no Sesc Pompeia o espetáculo “Pretoperitamar – O caminho que vai dar aqui”.

(Foto: Divulgação)

O espetáculo cênico-musical contará a história de Itamar Assumpção através de suas músicas e reunirá no palco artistas negrxs da contemporaneidade. Anelis Assumpção assina a idealização e direção geral e a dramaturgia é de Ana Maria Gonçalves e Grace Passô, que também faz a direção.

É uma opereta. É uma experiência com música e texto. É um musical biográfico no sentido mais plural que compete uma biografia. Um drama onde a existência de Itamar se mistura a tantos corpos brasileiros comuns à marginalidade. O ponto de vista condutor é a perspectiva da indesviável negritude na vida de um artista. É tudo isto, mas também não é nada disto, como sempre sugeriu Itamar ao se negar a ser rotulado enquanto cantava para um futuro que ele sabia ser um lugar mais seguro para estar. É um espaço cênico-musical onde será cantada a vida e contada a obra deste homem marcado pelas próprias escolhas, pela negritude à flor da pele, por laços familiares que se misturavam musicalmente e por parceiros e amigos de trabalho que formavam uma grande família.

Itamar: uma viagem para o futuro

Em 12 de junho de 2003, Itamar Assumpção fez uma viagem para o futuro. Para uns, morre em matéria e se transforma em memória; para outros é um corpo que ainda nem nasceu. Em 2019, uma expedição parte em seu encontro para tentar convencê-lo a voltar para a comemoração de seus 70 anos neste tempo presente. Este mote ficcional conduz uma narrativa que relembra e apresenta Itamar, servindo também como disparador para algumas de suas músicas mais originais, marcantes e/ou conhecidas. A vida de Itamar será contada de uma forma não linear, como um imenso quebra-cabeças espiritual cujas peças estão em posse deste elenco que ora pontua sua trajetória, ora amplia a reflexão para questões da negritude e sociedade neste elástico de tempo onde moram injustiças, potências culturais e resistências seculares. Uma nova forma de ler/ver/escrever o tempo e apresentar a história de um dos maiores poetas negros da cultura contemporânea brasileira.

Nego Dito Vanguardista Paulistano Afrofuturista.

Suas performances no palco, sua indumentária, os marcantes óculos escuros, a poesia marginal – que queria ser popular. “Meu pai era um homem à frente do seu tempo, precursor do que hoje chamamos de música independente brasileira”, nos conta Anelis Assumpção, quem hoje cuida do espólio do Velho Ita. “O espetáculo é um mergulho na ‘textura Itamar’, buscando dimensionar a decisiva contribuição desse artista para a música e cultura brasileiras, através de sua linguagem politizada”, continua a diretora Grace Passô, também responsável pela dramaturgia da peça ao lado de Ana Maria Gonçalves, autora do livro ‘Um Defeito de Cor’.

Um ano de homenagens
Em 2019, ano que faria 70 anos, Itamar Assumpção ganhou diversas homenagens: um palco especial na Virada Cultural 2019 de São Paulo, reprensagem de seus 2 primeiros LPs (Beleléu, Leléu, Eu e Às Próprias Custas), um Museu Virtual, uma festa de aniversário no quilombo urbano Aparelha Luzia e, agora, uma preta opereta que ocupará o SESC Pompéia durante cinco finais de semana.

Sinopse: Em 12 de junho de 2003, Itamar Assumpção fez uma viagem para o futuro e ainda não voltou. Em 2019, uma expedição parte do Ayê a fim de convencê-lo a voltar para a comemoração dos seus 70 anos.

Pretoperitamar – O caminho que vai dar aqui
Onde: Teatro do SESC Pompéia
Quando: 1a Temporada – de 28 de novembro a 15 de dezembro de 2019
2a Temporada – de 9 a 19 de janeiro de 2020 Quinta a sábado, 21h ; Domingo, 18h.
Venda online a partir de 19 de novembro, terça-feira, às 12h.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 20 de novembro, quarta-feira, às 17h30.
Classificação indicativa: 16 anos

FICHA TÉCNICA
Direção geral e idealização: Anelis Assumpção
Direção: Grace Passô
Dramaturgia: Ana Maria Gonçalves e Grace Passô
Direção musical: Anelis Assumpção e Iara Rennó
Diretor Assistente: Ricardo Alves Jr
Elenco e intérpretes: Allyson Amaral, Claudia Missura, Denise Assunção, Fabrício Boliveira, Iara Rennó, Negro Leo, Thalma de Freitas e Tulipa Ruiz
Músicos: Curumin (programações), Daniel Conceição (bateria), Edy Trombone (trombone e percussão), Klaus Sena (baixo), Maurício Badé (percussão) e Saulo Duarte (guitarra).
Participações especiais: Arrigo Barnabé, Leda Maria Martins, Zena Assumpção e Zora Zantos
Direção de Arte: Isadora Gallas, Julia Braga e Rodrigo Bueno.
Cenografia: Rodrigo Bueno
Assistente cenografia: Elandro Pereira
Cenotécnico: Ciro Ernesto Schunemann
Lambes e estandartes: Cauê Maia
Máscaras e óculos: Novíssimo Edgar
Figurino e adereços: Gustavo Silvestre
Costureira: Neuza Sorrino
Artesão assistente: Anderson Figueiredo
Visagismo: Simone Souza e Anelis Assumpção
Maquiagem e Cabelo: Célia Santos, Fabricio de Lana Henrique, Roni César, Simone Souza e Wendel Melo
Desenho de luz: Jathyles Miranda
Projeções e operação de luz: Anna Turra
Técnicos de som: Allyne Cassini, Gabriel Leite e Gustavo Lenza
Roadies: Elis Menezes e Nino Rodrigues
Projeto gráfico: Julia Braga e João Simões
Fotografias: Duda Portella (elenco), Shai Andrade (Fabrício Boliveira)
Tratamento de imagem: Henrique Araujo
Citações de Alice Ruiz (Se a Obra é a Soma das Penas), Paulo Leminski (O Novo / Caprixos e Relaxos), Andre Lord (Sister Outside), bell hooks (We, Real Cool)
Fotografia de Itamar usada no espetáculo: Vânia Toledo
Direção de movimento: Kenia Dias
Direção de movimento em Zé Pilintra, Ogum, Iemanjá: Luciane Ramos
Orientação e pesquisa: Zé Fernando Azevedo
Comunicação: Tais Reis
Assessoria de comunicação: Cranta — Bruno F. Duarte e Érica Magni
Assistente redes sociais: Rubi Assumpção
Produção: Marina Deeh e Marta Carvalho
Produção executiva: Flávio de Abreu e Priscila Melo
Coordenação de produção: Priscila Melo

Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 – São Paulo-SP
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal
sescsp.org.br/pompeia

(Carta Campinas com informações de divulgação)