Mesmo sob intervenção do governo Bolsonaro, INPE registra aumento de 30% no desmatamento

Dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, no período de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento da Amazônia Legal foi estimado em 9.762 quilômetros quadrados (km²). A área de vegetação nativa desmatada aumentou 29,54% (quase 30%) em relação ao período anterior – de agosto de 2017 a julho de 2018.

Ricardo Galvão (foto: Cecília Bastos/USP Imagem)

O INPE sofreu intervenção do governo de extrema-direita ao demitir o cientista Ricardo Galvão, que era presidente do instituto. A demissão aconteceu em agosto deste ano, logo após surgirem os primeiros dados sobre o grande aumento do desmatamento no governo bolsonaro.

https://cartacampinas.com.br/2019/08/dados-do-inpe-mostram-que-governos-lula-e-dilma-controlaram-o-desmatamento/

Os dados foram obtidos por imagens de satélite do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que gera relatórios anuais.

Segundo os dados do Prodes, o estado do Pará, na Região Norte do país, foi responsável por quase 39,56% da área desmatada. Mato Grosso, Amazonas e Rondônia vêm a seguir, com 17,26%, 14,56% e 12,75%, respectivamente. Somados, esses quatro estados foram responsáveis por 84% do território desmatado no período de um ano.

Desmatamento na Amazônia Legal por estado
( imagem divulgação inpe)

De acordo com o alerta do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora diariamente a área amazônica, a previsão de desmatamento em 2019 seria de 6,8 mil km². (Agência Brasil/Carta Campinas)


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