Durante os vários anos da Operação Lava Jato, o ex-juiz Sérgio Moro fazia algumas artimanhas para enganar a população brasileira e dar um ar isenção para uma operação que poderia ser muito boa para o Brasil. No entanto, as ações de Moro deixaram a Lava Jato totalmente contaminada e partidarizada.

(foto José Cruz -agência brasil)

Uma dessas artimanhas foi revelada pelos vazamentos do site The intercept Brasil. Em combinação com procuradores, Moro rejeitava pedidos do MPF para dar um ar de imparcialidade. Depois os procuradores recorriam. Por debaixo dos panos, os procuradores já sabiam e até faziam a ação para Moro realmente rejeitasse e, eventualmente, fosse divulgado na imprensa. Esse é o sentido de ‘tabelinha’, dito no vazamento pelo procurador Ângelo Goulart Vilella. Era uma forma de disfarçar a atuação parcial e persecutória. Veja imagem do The Intercept.

Uma outra forma de Moro ludibriar a população era dizer constantemente que ele “nunca entraria para a política” ou que “não havia parcialidade partidária na operação”, mesmo ele dizendo isso em eventos organizados por integrantes do PSDB. Sim, ele ia a eventos de membros do PSDB e dizia que a operação era imparcial e que ele não entraria para a política, nunca seria ministro. Assim que o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro PSL) ganhou, ele assumiu como Ministro da Justiça.

Durante anos, a Rede Globo foi uma espécie de porta-voz da Lava Jato, transformando seus integrantes e celebridades e dando apoio aos integrantes da operação. Em março de 2016, Moro até gaguejou para conseguir dizer que a operação não era partidária.

Mas não foi a única vez. O Agência de checagem Lupa também constatou que, por anos, Sérgio Moro repetia a mesma ladainha de imparcialidade e nenhuma ligação ou interesse na política. Veja algumas falas durante entrevistas e eventos:

  1. Em maio de 2016, afirmou que “jamais entraria para política” ao jornal O Estado de S.Paulo
  2. Em abril de 2017 afirmou “A resposta é não, não tenho nenhuma pretensão de ir para uma carreira política. Meu trabalho é como magistrado, simples assim”, disse a BBC.
  3. Em outubro de 2017 afirmou: “Não existe nenhum empecilho normativo. Mas a minha opção de vocação é outra. Eu sou um juiz e pretendo permanecer como juiz”, a GloboNews.
  4. Em setembro de 2017 disse ao jornal O Globo, que ““sua escolha pessoal é permanecer como magistrado”.
  5. Em entrevista à Bloomberg, em maio de 2018 , Moro afirmou que a hipótese de uma candidatura sua seria uma “fantasia”.
  6. Em setembro de 2018, afirmou: Não há nenhuma possibilidade de uma carreira política, ao jornal chileno La Tercera.

Veja mais informações sobre a “tabelinha” de moro e MPF no The Intercept Brasil.