Após escândalo de corrupção, médicos do Hospital Ouro Verde entram em greve

Após o escândalo de corrupção generalizada na Organização Social (OS) Vitale, que administra o hospital Ouro Verde em Campinas, os médicos do hospital, decidiram entrar em greve.

O pagamento dos salários realizado pela Vitale Saúde aos médicos que prestam serviço não acontece desde de setembro. Alguns estão sem receber desde agosto. A Vitale Saúde foi escolhida pelo governo Jonas Donizette (PSB) para administrar o hospital em abril de 2016.

Na manhã desta quinta-feira, o Ministério Público e a Polícia Militar fizeram busca e apreensão de documentos na Prefeitura de Campinas, na Vitale Saúde e no Hospital Ouro Verde.  A operação prendeu 5 pessoas e investiga desvios de R$ 4 milhões em Campinas.

Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 30, os médicos do Hospital Ouro Verde deflagraram greve nos atendimentos da unidade. A partir das 7 horas de sexta-feira, 1 de dezembro, estão sendo atendidos somente os procedimentos de urgência e emergência.

Já no caso dos médicos que trabalham em regime CLT, a instituição não repassou ao INSS o recolhimento previdenciário realizado em folha, o que configura crime de Apropriação Indébita,segundo o Sindicado dos Médicos de Campinas e região. Além disso, não foram realizados os depósitos do FGTS, a primeira parcela do 13º e férias em atraso.

“Tudo isso sem contar as péssimas condições de trabalho e a recorrente falta de insumos básicos para atendimento. Um enorme descaso do poder público e desrespeito com a população que necessita de um atendimento de qualidade”, afirmou nota do sindicado presidido por Casemiro Reis.


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