“Como continuo a produzir [na zona rural de Campinas] se a mão de obra não quer mais saber de trabalhar com a enxada porque prefere estudar e depois ter empregos que permitem melhores salários?“.

Esse é um dos questionamentos presente em um texto publicado pelo jornal Correio Popular, de Campinas, na edição desta terça-feira, 11 de julho de 2017, o mesmo dia em que o Senado Federal aprovou a reforma trabalhista que viola 14 pontos constitucionais, segundo o Ministério Público do Trabalho.

O texto, assinado por uma proprietária rural do município, também reclama da dificuldade de usar agrotóxico em região próxima à cidade.

“Como posso continuar com a produção agrícola na minha área se os vizinhos não querem mais que eu use agrotóxico e a produção orgânica é cara e seu mercado consumidor é restrito devido aos preços?”

Para a autora, o desenvolvimento social da população e a proteção do meio ambiente se tornaram um problema para os proprietários rurais no entorno de Campinas. O texto defende a proposta do plano diretor, planejamento urbano de Campinas para os próximos 10 anos, elaborado pelo governo Jonas Donizette (PSB), mas não aborda  uma série de contradições (veja link). Um dos pontos mais polêmicos é a chamada macrozona, estabelecida no plano diretor da Prefeitura de Campinas.

Veja mais informações sobre o Plano Diretor de Campinas:

Coletivo Unicamp divulga Manifesto por um Plano Diretor Participativo em Campinas