O grupo de extrema-direita MBL continua a usar táticas agressivas para intimidar adversários políticos na tentativa de promover a censura e a doutrinação ideológica nas escolas.

O MBL é conhecido por difundir notícias falsas com ataques a jornalistas, políticos e artistas na internet. Um dos atacados pelo grupo foi o jornalista da Folha, Gilberto Dimenstein.

As vítimas dessa vez foram as vereadoras do PSOL Sâmia Bomfim e Isa Penna, que tiveram seus números de celulares expostos em redes sociais e grupos de WhatsApp para serem “convencidas” do projeto de lei “Escola Sem Partido (SIC)”.  Historiador já alertou sobre o caráter autoritário do projeto “Escola Sem Partido (SIC)”.

A ação aconteceu após as vereadoras criticarem uma ação típica do regime nazista, feita pelo vereador ligado ao MBL, Fernando Holiday (DEM), contra os professores das escolas públicas. Ele, travestido de Polícia Política, foi a escolas intimidar professores que pudessem dizer algo contrário à sua ideologia.

A ação de Holiday foi criticada até pelo secretário de Educação da Gestão de João Doria (PSDB), Alexandre Schneider, que chegou a pedir demissão, mas foi demovido pelo prefeito”. Holiday já atacou outra vereadora no mês passado.

 As vereadoras do PSOL pedem a cassação do vereador Fernando Holiday (DEM), que acreditam ter sido o mentor da ação. “Com a sigla do Movimento Brasil Livre (MBL), que é coordenado pelo vereador Fernando Holiday (DEM), a imagem da vereadora Sâmia Bomfim e seu respectivo contato telefônico foram divulgados.
“Holiday é um dos defensores na Câmara da proposta conhecida como ‘Escola sem Partido (SIC)’, uma aberração que seria criticada até na Idade Média. Veja o truque de linguagem do tal projeto. Para contrapor a esse projeto que atenta contra a liberdade do professor, a vereadora Sâmia Bomfim propôs o projeto “Escola sem Censura”.

A “campanha” virtual  do MBL gerou centenas de mensagens de ódio e ameaças às vereadoras. A assessoria de imprensa de Sâmia disse ao G1 que entregará uma relação com os números telefônicos que mandaram tais conteúdos à Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos.

A vereadora também pretende entrar com uma ação no Ministério Público e na corregedoria da Câmara Municipal contra o vereador Fernando Holiday (DEM), quem acredita ter ordenado o ataque. As vereadoras acreditam que Holiday tenha retirado os números de um grupo de WhatsApp de vereadores. Provocadores e agressivos, integrantes do MBL foram expulsos quando tentaram tumultuar um debate em Minas Gerais.

Questionado pelo G1, a assessoria de imprensa do vereador negou que ele tenha sido responsável pela ação.

Na terça-feira (4), o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) protocolou pedido para que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Corregedoria da Câmara Municipal apurem conduta do vereador da capital paulista Fernando Holiday (DEM). Na segunda-feira, o vereador publicou texto e vídeo nas redes sociais informando ter fiscalizado escolas municipais sobre eventuais caso de doutrinação. (Com informações da Revista Fórum)