O filme “Que Bom Te Ver Viva”, de Lúcia Murat, que aborda a prisão e a tortura de mulheres que participaram da resistência à ditadura no Brasil, será exibido no próximo dia 18 de novembro, sexta-feira, às 19h30, no Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campinas. O filme, cuja exibição é organizada pelo crítico de cinema e jornalista Ricardo Pereira, mostra como suas vítimas sobreviveram e como encaram aqueles anos de violência duas décadas depois.
“Que Bom Te Ver Viva” mistura os delírios e fantasias de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache, alinhavando os depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras que viveram situações de tortura. Mais do que descrever e enumerar sevícias, o filme mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura.
Para diferenciar a ficção do documentário, Lúcia Murat optou por gravar os depoimentos das ex-presas políticas em vídeo, como o enquadramento semelhante ao de retrato 3×4; filmar seu cotidiano à luz natural, representando assim a vida aparente; e usar a luz teatral, para enfocar o que está atrás da fotografia – o discurso inconsciente do monólogo da personagem de Irene Ravache. (Brasil, 1989. Colorido, 100 min).
A exibição é gratuita e seguida de debate. Mais informações no evento criado no facebook. (Carta Campinas com informações de divulgação)
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