Está cada dia mais difícil negar o golpe de Estado parlamentar que acontece no Brasil, principalmente quando os próprios agentes do golpe, o vice-presidente, Michel Temer, e o presidente da Câmara que é réu no Supremo, Eduardo Cunha, ambos do PMDB, disseram com todas as letras que o atual impeachment é um golpe de Estado.
E o que é pior, disseram isso antes mesmo que Dilma Rousseff (PT), a atual presidente, tenha falado abertamente sobre a questão. O golpe de Estado no Brasil já é notícia nos principais jornais do mundo e será marcado como uma das páginas mais vergonhosa da política brasileira.
Em manifestações na rede social Twitter, o vice-presidente Michel Temer disse, nos meses em março e abril de 2015, que o impeachment não tinha base constitucional. Em março afirmou que o impeachment “não tem base jurídica nem política”. Em abril, voltou a afirmar que “só se pode pleitear o impeachment em bases constitucionais” e que não há esse hipótese nos pedidos.
As declarações de Temer foram feitas antes das supostas reuniões que conspiraram o golpe, realizada a partir de outubro de 2015.
Eduardo Cunha, que tem cinco ações até o momento no STF, a maioria por corrupção, foi ainda mais claro ao afirmar que o impeachment é um golpe de Estado. Cunha afirmou que não se pode transformar o impeachment de um presidente em uma forma de discussão política. Nas palavras de Cunha: ‘A presidente da República não praticou no exercício atual do mandato qualquer ato de improbidade administrativa’.
E mais: ‘O impedimento do presidente tem previsões constitucionais nos casos específicos aos quais no meu entender não está se aplicando. Não acho que por causa de uma crise polícia, achar que virou uma republiqueta e vai arrancar o presidente fora, que foi legitimamente eleito.’
Ou seja, Cunha realizou sua própria profecia e transformou o Brasil em uma ‘republiqueta’. Veja Vídeo.