A partir do próximo dia 7 de abril, acontece no Sesc Campinas a “Mostra-ME – Mostra de Música Eletrônica”, com diversas atividades que prometem trazer ao público novas sonoridades e experiências visuais a partir da tecnologia digital.
No dia 7, terça-feira, a partir das 20h, na Sala de Múltiplo Uso 1, o público poderá assistir gratuitamente ao projeto solo do músico paulistano Carlos Issa, “Objeto Amarelo”. O projeto ficou conhecido no circuito alternativo por suas músicas difíceis e pelo desapego a formatos tradicionais, misturando breakbeat, noise music, experimentalismo e projeções de imagens. O também artista visual já lançou oito álbuns e fitas cassete, participou de festivais como Novas Frequências, Eletronika e Sonar, e por dois anos seguidos, apresentou-se no circuito experimental de Nova York. O Sete Polegadas Eclusa (Submarine records) é seu lançamento mais recente e foi gravado em São Paulo com o músico e artista americano Rob Mazurek.
No dia 8, quarta-feira, das 19h às 21h, acontece a oficina “Processing: Controle e Manipulação de Imagem a Partir de Som”, na Sala de Atividades 1, com Caio Kenji, do NME. A oficina trabalha a linguagem de programação Processing e seus usos na parametrização do som e conversão entre som e imagem. Será abordado não só o algoritmo utilizado para a iluminação do concerto CANTA, como também outras aplicações e possibilidades de reutilizar os conceitos discutidos em seus próprios trabalhos. A atividade é direcionada tanto para aqueles que já possuem conhecimento da linguagem como para leigos e é gratuita.
De 9 a 30 de abril, sempre às quintas-feiras, a partir das 18h30, também como parte da Mostra, acontecerá a oficina “Construção de Theremins”, com Hiure Queiros. Um dos primeiros instrumentos eletrônicos da história, o theremin é um instrumento utilizado na música eletrônica e eletroacústica graças aos seus sons característicos. Na oficina, o público poderá aprender como construir três tipos de theremin e descobrir mais sobre eletrônica, música e outros conhecimentos necessários durante o processo de construção do instrumento.
Na quinta-feira, dia 9, a partir das 20h, na Sala de Múltiplo Uso 1, quem se apresenta é o grupo NME. Anteriormente conhecido como Nova Música Eletroacústica, o NME é um espaço itinerante de fomentação da música experimental, fundado em 2011. Nesta apresentação, cada um dos seis compositores é convidado não só a tocar um instrumento, mas também a trazer uma ou duas propostas musicais em qualquer formato que julgue melhor abordar sua visão sobre canção. A apresentação incorpora projeções de imagens geradas em linguagem Processing, em um algoritmo elaborado por Caio Kenji que, ao captar e parametrizar os sons das músicas os transforma em projeções de cores e luzes que iluminam os músicos, telas e papéis brilhantes espalhados pelo palco.
A Mostra ainda prevê uma série de outras atividades como a oficina gratuita “Produção em Arte Experimental: Criação de Público, Discurso Musical e Produção Artística”, com membros do NME, apresentações musicais do grupo “Chippanze”, que mostrará um pouco da chipmusic e realizará também a oficina “Chipmusic – Criação Musical e Videogames”, o projeto “Palinoia”, de Victor Bueno, um produtor campineiro de future funk, vaporwave e french house, o projeto Trotter, de Rodrigo Ribeiro Ulson, considerado um dos maiores nomes das cenas downbeat brasileira, do jazzy, funk e disco no Brasil, além do workshop gratuito “Muito Além do Bate-Estaca: Música Eletrônica Abstrata”, com Carlos Issa.
Mais informações e detalhes de toda programação da Mostra AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)
