Quatro estádios brasileiros tem projetos sustentáveis e de geração de energia elétrica a partir de energia solar. Estádio Mané Garrincha, Mineirão, Arena Pernambuco e o Maracanã tem projetos, ainda não totalmente concluídos, que incluem a geração de energia.

Estádio Mané Garrincha
Estádio Mané Garrincha

A Arena Pernambuco, em Recife,  implantou um sistema de geração solar que vai suprir até 30% da energia consumida. O Maracanã pode gerar 400 mil quilowatts por ano, o que equivale a abastecer 400 residências.

Mas os maiores geradores de energia serão o Mineirão e o Mané Garrincha. O Mineirão, em Belo Horizonte, será totalmente alimentado por uma usina solar. Um exemplo de sustentabilidade econômica, ambiental e social.  A usina contará com uma potência instalada de 1,5 MW/h de potência, com produção estimada de 2.200 MW/ano de energia, o que equivale ao consumo médio de 2.000 residências.
Mas o projeto de maior produção de energia é o do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, que produzirá, anualmente, 3 mil megawatts. Serão dispostas 9,6 mil placas fotovoltaicas. Esta energia será suficiente para abastecer 60 mil casas por ano. O estádio de Brasília pode ser o primeiro na história a receber o certificado máximo de sustentabilidade. O selo Leed Platinum – entregue após a conclusão da obra – é reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável. Hoje, nenhum estádio de futebol no mundo possui o selo Platinum.

O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto. Muitos dos materiais utilizados na obra são recicláveis ou foram reciclados na construção. Tudo o que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na própria obra ou em cooperativas de reciclagem do Distrito Federal.

O entulho de cimento/concreto retirado do estádio foi encaminhado a uma área licenciada pelo Ibama apta a receber entulho de obras, em Sobradinho (DF). No local, o material foi transformado em brita e aproveitado em outras áreas da capital federal; o entulho obtido da derrubada da última arquibancada foi transformado em brita no próprio estádio e reutilizado na concretagem do piso da obra.

O armazenamento da água da chuva se dará por meio de um sistema formado por cinco cisternas no interior do estádio e um lago de retenção no entorno, na área mais baixa do terreno. A água da chuva será captada pela cobertura e pelo piso permeável em volta do estádio.
A água não potável será utilizada nos vasos sanitários e mictórios, na irrigação do gramado e na lavagem em geral. O sistema todo armazenará 6,84 milhões de litros de água. Isso representa 80% da demanda de água do estádio e equivale a encher duas piscinas olímpicas e duas semiolímpicas.

Para economizar e otimizar a iluminação de algumas áreas do estádio, são utilizadas lâmpadas de tecnologia LED. Elas duram mais horas e podem gerar economia de até 20%. Como não emitem calor, evitarão que o ambiente esquente, demandando menor uso de ar condicionado.