O número de casos de dengue em Campinas de 1º de janeiro é de 21.967, informou nesta quinta-feira (8) a Secretaria de Saúde de Campinas. Os números foram fechados no dia 5 de maio, o que significa que hoje deve ter passado dos 22 mil casos.
Entre moradores de Campinas, quatro casos de morte seguem em investigação. Dois casos foram descartados e uma morte foi registrada (a mesma já divulgada anteriormente). A região Noroeste voltou a liderar o número de casos, com 6.233.
No final de março, o número de casos acumulados desde janeiro era de 8.236. Subiu para 14.002 na divulgação feita em 17 de abril, 17.136 no dia 28 do mesmo mês. A expectativa da Secretaria de Saúde é de que as ações de controle realizadas diariamente comecem a dar respostas e os casos comecem a diminuir.
O secretário de Saúde Carmino Antonio de Souza afirmou que estão sendo tomadas todas as ações possíveis. Entre as ações estão as remoções de criadouros, nebulizações veicular e manual, colocação de telas em caixas d´água, entrada em imóveis por meio de autorização judicial, operação cata treco, limpezas de córregos, mutirões de limpeza, entre outros. Entre os 21.967 casos, 864 tiveram sinais de alarme, como desmaio e tontura, e oito foram considerados graves.
Por região, os números são os seguintes:
Leste: 3.078
Noroeste: 6.233
Norte: 4.375
Sudoeste: 5.172
Sul: 3.109
O número de casos registrados por mês é o seguinte:
Janeiro: 234
Fevereiro: 1.427
Março: 6.864
Abril: 13.442 (até 5 de maio)
A Prefeitura de Campinas informou nesta semana foi promovido um arrastão na região Noroeste, entre os parques Valença e Itajaí. Na sexta-feira, 9 de maio, e sábado, 10 de maio, haverá uma megaoperação de limpeza na região Sudoeste.
A partir da liminar conquistada pela Prefeitura, 19 casas da região Norte e quatro da Leste foram vistoriadas. Nas próximas semanas estão previstos mais cem imóveis nas duas regiões.
Com apoio da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), órgão da Secretaria Estadual de Saúde, foram nebulizados (bloqueio químico) 28 mil endereços. Até o final de maio serão 40 mil. Nesta ação conjunta, também foram promovidos trabalhos em 21 pontos estratégicos (aqueles de maior risco para a dengue, como borracharias, ferros velhos etc). Nestes pontos é feita orientação ao proprietário e aplicação de larvicida nos criadouros. (Carta Campinas com informações de divulgação)
O problema da dengue é de fácil solução. Falta iniciativa. Os governos já veicularam exaustivamente propagandas divulgando as causas e consequências da doença transmitida pelo Aedes Aegypti, sem obter resposta da população. Desmazelo, pouco caso, desleixo, irresponsabilidade são os motivos que evitam que a doença seja extinta. Cabe aos administradores outorgar aos agentes sanitários autoridade e investi-los de poder para advertir o morador onde foi encontrado foco de dengue e, na reincidência, multá-lo. Neste caso, o valor da multa seria incorporado à cobrança do IPTU do próximo exercício. Como se sabe, a parte mais sensível do corpo humano é o bolso. Assim agindo, as autoridades terão mais sucesso e serão menos alvo de críticas já que o cidadão, se perguntado, irá dizer que a culpa é das autoridades. É preciso ter alguém para jogar a culpa de sua falta de responsabilidade.