10253760_711151338947625_2324408467500407410_nO ciclo “O olhar feminino no cinema”, que tem curadoria do jornalista e crítico de cinema Ricardo Pereira, e nos últimos meses tem exibido gratuitamente produções cinematográficas nacionais e internacionais produzidas por diretoras que imprimiram seu olhar feminino e uma estética peculiar nas obras, exibirá no próximo sábado, 10 de maio, às 16h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, o filme “A Hora da Estrela”, da diretora Suzana Amaral, baseado no romance de mesmo nome da escritora Clarice Lispector. 

Cineasta e roteirista paulista nascida em 1932, o primeiro longa-metragem de Suzana Amaral foi justamente “A hora da estrela”, lançado em 1985, quando a diretora tinha 53 anos. Suzana foi aluna da primeira turma de cinema da Escola de Comunicação Social e Artes da USP. Seu primeiro filme foi o documentário de curta-metragem “Sua majestade Piolim” (1971). No mesmo ano fez “Semana de 22”, outro documentário. Oito anos mais tarde, dirigiu “Minha vida, minha luta” (1979). Nos anos 1990, atuou internacionalmente como consultora de roteiros de projetos de filmes de longa-metragem. Em 2001, rodou o longa-metragem, “Uma vida em segredo”. O filme foi o vencedor dos prêmios de melhor filme nos festivais de Huelva (Espanha), e do Ceará, e foi também selecionado para os festivais de Moscou e Montreal. No primeiro semestre de 2009, finalizou seu terceiro longa-metragem, “Hotel Atlântico”. Tem ainda um projeto de voltar a filmar Clarice Lispector com uma adaptação do romance “Perto do coração selvagem”.

O filme “A Hora da Estrela” traz a história de Macabéa (Marcélia Cartaxo), uma imigrante nordestina semi-analfabeta, que trabalha em uma pequena firma em São Paulo e vive em uma pensão miserável. Conhece casualmente o também nordestino Olímpico (José Dumont), operário metalúrgico, e os dois começam um casto e desajeitado namoro. Mas Glória (Tamara Taxman), esperta colega de trabalho de Macabéa, rouba-lhe o namorado, seguindo o conselho de uma cartomante. Macabéa faz uma consulta à mesma cartomante, Madame Carlota (Fernanda Montenegro), e esta prevê seu encontro com um homem rico, bonito e carinhoso. 

No mesmo dia, às 19h30, o ciclo “Clássicos”, com curadoria de Laerte Ziggiatti, exibirá o filme “O Desprezo”, de Jean-Luc Godard. O filme de 1963 é baseado no romance do escritor italiano Alberto Moravia, e é considerado um dos melhores filmes de Godard. Na história, Michel Piccoli é um roteirista que vai a Roma trabalhar numa adaptação da “Odisséia” de Homero, que o diretor Fritz Lang está rodando na cidade. Como é do feitio godardiano, tem início um debate sobre as relações conflitantes entre cinema comercial e cinema de arte. Brigitte Bardot e Jack Palance completam o elenco.

As exibições são gratuitas e sempre seguidas de debate.(Carta Campinas com informações de divulgação)

Ciclo O Olhar Feminino no Cinema, “A Hora da Estrela”
Curadoria: Ricardo Pereira
sábado, 10 de maio, às 16h
Local: MIS Palácio dos Azulejos, rua Regente Feijó, 859, Centro
Entrada gratuita

Ciclo Clássicos, “O Desprezo”
Curadoria: Laerte Ziggiatti
sábado, 10 de maio, às 19h30
Local: MIS Palácio dos Azulejos, rua Regente Feijó, 859, Centro
Entrada gratuita