A Câmara de Vereadores de Campinas aprovou uma importante lei contra a segregação econômica e social na construção de moradia na cidade. Os vereadores aprovaram, em 2ª discussão, na sessão desta quarta-feira (23/04) o Projeto de Lei Complementar que trata do incentivo a projetos habitacionais populares, vinculado ao Programa Federal “Minha Casa, Minha Vida”.

Câmara
Proposta da bancada do PT liberou construção em todas as regiões

Cinco emendas foram aprovadas ao projeto, uma delas, de autoria da bancada petista, estende a liberação para todas as regiões, incluindo Barão Geraldo, Sousas e Joaquim Egídio.

A proposta de autoria do Executivo Municipal liberava os Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (EHIS) em mais algumas regiões da cidade incluindo também as macrozonas 6 (região sul- divisa com Valinhos), 7 (Aeroporto de Viracopos e bairros no entorno) e 8 (Alphaville, Parque Imperador e Chácaras Gramado) e também liberar toda a macrozona 4 (Centro histórico e bairros no entorno) e em todos os casos sem a necessidade de que as áreas já tenham Planos Locais de Gestão.

O vereador Ângelo Barreto (PT) falou da importância de que toda a cidade tenha empreendimentos habitacional de interesse social. “É preciso garantir que as pessoas possam continuar vivendo e convivendo na sua própria comunidade”, afirmou.

O vereador Carlão do PT defendeu a emenda que garantirá que 70% dos empreendimentos sejam para as famílias com renda de zero a três salários mínimos, uma vez que o Programa Minha Casa, Minha Vida contempla famílias com renda de até 10 salários mínimos.

Seu colega de partido, Pedro Tourinho, lembrou que atualmente só 14% dos empreendimentos do Programa do Governo Federal foram construídos para as famílias que recebem até três salários mínimos.

O vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB) salientou que a emenda que permitiu a construção em toda a cidade vai permitir que as pessoas tenham possibilidade de morar perto do local onde trabalham. “Não é justo que algumas regiões fiquem excluídas das habitações de interesse social. Morar em Sousas não é prerrogativa de quem é rico”, disse. (Carta Campinas com informações de divulgação)