A ética da medicina brasileira parece que não vai bem na prática e também na teoria. Depois da vergonha de ver profissionais de medicina vaiando a chegada de médicos cubanos para atender a população e das reportagens de Fabio Diamante, do SBT, mostrando os médicos que assinam o ponto no SUS (Sistema Único de Saúde) e depois vão para consultórios particulares, agora foram divulgadas falhas éticas na pesquisa científica.

medicina, ampola, agulha
Ética na pesquisa

Segundo duas notas da revista científica Fapesp (edição 213), quatro revistas cientificas brasileiras de medicina foram suspensas este ano (2013) pelo Journal Citation Reports (JCR), índice internacional de citações produzido pela Thonson Reuters, por irregularidade nas citações de artigos. (A citação ocorre quando um pesquisador cita o trabalho publicado por outro pesquisador).

As quatro periódicos médicos teriam formado uma espécie de cartel de citações entre si. As citações combinadas aumenta artificialmente o valor da pesquisa, que é medido pela quantidade de citações. “Essas quatro publicações suspensas são a Clinics, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Jornal Brasileiro de Pneumologia, a Revista da Associação Médica Brasileira e a Acta Ortopédica Brasileira. O fator de impacto desses periódicos voltará a ser publicado em 2014″, diz a nota da revista Fapesp.

Outro problema na pesquisa médica foi o aceite de artigo falso e fictício pela revista Genetics and Molecular Research, publicada pela Fundação de Pesquisa Científicas de Ribeirão Preto (Funpec-rp). A revista aceitou o artigo, mas não chegou a publicar.  O artigo falso, que era assinado por Ocorrafoo Cobange e vinculado a uma instituição inexistente, foi enviado para 304 revistas no mundo e 150 de acesso aberto admitiram publicar. O trote foi aplicado por John Bohannon, biólogo e jornalista científico. (Carta Campinas)