O Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas e Região, Francisco Aparecido da Silva, e  o vereador Carlão do PT, membro da Comissão Permanente de Direitos Humanos da Câmara Municipal, constataram na semana passada que há um “estoque” de trabalhadores da construção civil em alojamento em Campinas mantido por empresa que fornece mão-de-obra para a Aeroportos Brasil Viracopos.

trabalhadores construção civil
Trabalhadores do alojamento

No alojamento no Jardim Santa Cândida,  com capacidade para até 300 trabalhadores, foram encontrados 33 em situação irregular.  Entre as irregularidades observadas estão o fato da empresa reter Carteiras de Trabalho (CTPS) por até 14 dias (o limite é de 48 horas), falta de contrato de trabalho, baixa qualidade da comida, interrupções no fornecimento de água, tratamento indigno por coordenadores, a falta de informação da empresa sobre a situação (se serão contratados ou não), falta de pagamento dos dias em que estiveram à disposição da empresa e das passagens de vinda e volta à cidade de origem daqueles que foram reprovados no exame admissional. Alguns deles também teriam sido obrigados a assinar recibos de recebimento sem, de fato, terem recebido os valores.

Conforme apurado, os trabalhadores são “agenciados” nos estados do Piauí e Maranhão por uma empresa identificada apenas como “Pinheiro”, com sede em um dos dois estados. No alojamento, dois homens se identificaram como responsáveis: Gilberto Pereira (representante do Consórcio Brasil Viracopos) e Matheus (da Pinheiro, agenciadora). Após a constatação, eles se comprometeram a providenciar  os contratos e o pagamento dos dias daqueles que ficaram à disposição. (Carta Campinas, com informação de divulgação)