A VII Semana do Audiovisual Campinas acontece de 05 a 13 de agosto de 2017 e pautará o olhar e a visão para as latências e fragmentações sociais. “Olha e Vê, quem tem coragem, se te carece, instiga, movimenta, não é um direito garantido, mas ainda é de graça” – olha e vê múltiplas realidades. O objetivo é procurar reunir e remontar essas fragmentações na VII SEDA. Provocar encontros de construções coletivas e suas lutas cotidianas, “disjunções inclusivas, conjunções nômades: uma transexualidade microscópica em toda parte, que faz com que a mulher contenha tantos homens quanto o homem, e o homem mulheres, capazes de entrar, uns com os outros, umas com as outras, em relações de produção de desejo que subvertem a ordem estatística dos sexos. Queremos somos ser esquizos”, anotam os organizadores.

Gêneros e a presente, e cada vez mais próxima, violência contra a mulher; Raça e Classe, trazendo os genocídios contra o povo negro e as suas ínfimas formas de reparações possíveis; A verdadeira loucura de querer fazer desaparecer a complexa realidade das políticas de drogas no país, a cracolândia e as políticas higienistas nossa de cada dia; As políticas religiosas pregadas e impostas nas políticas de governo das cidades; A necessidade de outras estruturas de comunicação e a reinvenção da imprensa; A questão da produção e circulação de saberes, a possibilidade de acesso e inclusão de outros conhecimentos; O encarceramento na infância e adolescência e os ciclos de violências institucionais que isso re-produz; A discussão da produção do cinema em sua intensa materialidade na vida das pessoas, imagem, som, estética, política, linguagem, acesso, tecnologia, hierarquia, meios de produção, difusão, debate e construção da opinião pública: cineclubismo, entre outras diversas TRANS-versalidades.

A SEDA Campinas é TRANS!!!! Trans-versal, trans-mitida, trans-itada, trans-gredida, trans-tornada, trans-passada, trans-mídia.

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Os grupos, coletivos e espaços de cultura que há seis anos organizam a SEDA Campinas convidam todas e todos a participarem da construção da VII SEDA – Semana do Audiovisual Campinas. As reuniões organizativas são de portas abertas sempre às quintas-feiras, 19h, no Museu da Imagem e do Som de Campinas.

A proposta é construir um festival colaborativo que paute as diversas demandas por humanidades que nos foram e nos tem sido negadas, através da exibição de filmes independentes, debates, oficinas, intervenções urbanas, teatro, dança e música. O golpe articulado no ano de 2016 continua em curso no ano de 2017, apresentando o desmonte de direitos básicos da população.

A SEDA é um festival multilinguagem, multimídia, mas sobretudo um festival cineclubista na cidade de Campinas-SP que pauta a democratização dos meios de comunicação no Brasil e novas plataformas de acesso e difusão de conhecimentos por meio do audiovisual.

Ocupar os espaços públicos da cidade, reivindicar a pluralidade de vozes que exigem o bem viver, para que seja possível rever e reinventar as maneiras de estar e ser no mundo é fundamental nesse momento. A SEDA traz a perspectiva da participação, composição e organização das temáticas sociais e populares dentro das potencialidades das linguagens multimídias e propõe a construção de um debate temático por meio dos atores e protagonistas da localidade e de outros lugares. Assim, ao passo que se amplifica e aprofunda os debates e pautas das diversas frentes temáticas, também se faz encontrar a identidade e pertencimento das questões sociais colocados entre grupos e a apropriação tecnológica e linguística de suas realidades.

Nesses seis anos de Semana do Audiovisual, passaram cerca de 6 mil pessoas pelo festival, mobilizando cerca de 600 produtores, realizadores e agentes culturais do setor, circulando cerca de 150 produções audiovisuais nacionais alternativos e/ou independentes. (Carta Campinas com informações de divulgação)