SEDA2016 (2) (453x640)O Coletivo Moinho e o Cineclube Catavento, juntamente com outros coletivos, grupos e Espaços de Cultura de Campinas, convidam o público a participar das reuniões abertas de construção da VI SEDA – Semana do Audiovisual Campinas, que acontecerão sempre às segundas-feiras, a partir do dia 18 de abril, às 19h, no Museu da Imagem e do Som de Campinas.

A partir dessas reuniões abertas, a Semana pode ser organizada de forma integrada e colaborativa na perspectiva da realização da mostra de filmes temáticos selecionados, debates, oficinas de audiovisual e tecnologias, intervenções urbanas, intercâmbios culturais de realizadores, teatro, música, dança, ocupações de espaços públicos e todas as atividades relacionadas às novas linguagens multimídias e audiovisuais, em vários espaços da cidade. Esse ano, a Semana do Audiovisual Campinas acontecerá na primeira semana de agosto.

A Semana do Audiovisual – SEDA é um festival de audiovisual e multimídias que normalmente acontece de forma integrada com aproximadamente 100 SEDAs espalhadas por cidades do Brasil e América Latina. É por princípio um festival alternativo e independente, um evento comunitário, inclusivo, descentralizado e plural, que incentiva e estimula a produção e a discussão de obras audiovisuais nacionais no micro e no macro, numa perspectiva de incidir como tecnologia social para organização, formação e participação de grupos, coletivos e movimentos de cada cidade nas temáticas selecionadas.

O objetivo é produzir, formar, refletir, debater e propor temáticas artísticas, sociais e populares por meio das linguagens audiovisuais nas múltiplas formas de expressão alternativa, incentivando também a produção colaborativa e partilhada na construção de espaços cognitivos e interconectados, por meio de processos e obras audiovisuais, para protagonizar outras realidades e narrativas sociais em Campinas­ e em outras cidades.

Nesses cinco anos de Semana do Audiovisual, passaram cerca de 5 mil pessoas pelo festival, mobilizando cerca de 500 produtores e realizadores do setor, circulando cerca de 150 produções audiovisuais nacionais alternativas e/ou independentes.

O Festival tem o intuito de compor em cada localidade na perspectiva da rede SEDAs, a circulação e intercâmbio de filmes, programas de web­TV e rádio, fotografias, imagens, sons e músicas; enfim, tanto as experiências audiovisuais de seus realizadores, como também a proposição de formações e práticas em tecnologias e pedagogias livres que possibilitem expressões e produções partilhadas de conhecimento entre as pessoas envolvidas.

A SEDA traz a perspectiva da participação, composição e organização das temáticas sociais e populares dentro das potencialidades das linguagens multimídias e propõe a construção de um debate temático por meio dos atores e protagonistas da localidade. Assim, ao passo que se amplifica e aprofunda os debates e pautas das diversas frentes temáticas, também se faz encontrar a identidade e pertencimento das questões sociais colocados entre grupos e a apropriação tecnológica e linguística de suas realidades.

O conceito da curadoria da Semana do Audiovisual é fazer circular, difundir e debater obras audiovisuais nacionais que tenham um caráter independente e/ou alternativo, que sejam atuais e de interesse social e a partir de temáticas identitárias e subjetivas de grupos, coletivos e organizações que não são representadas nos meios hegemônicos, construir espaços de diálogo acessíveis, horizontais e democráticos de construções do saber.

Entre as campanhas temáticas já realizadas e que propõem a curadoria dos filmes na Semana do Audiovisual estão:

SEDA Louca

E uma proposta de temática da Saúde Mental e Luta Antimanicomial na produção artística e multimídias de usuários e trabalhadores dos serviços de saúde mental em Campinas. A proposta traça linhas de discussão da identidade cultural, formas de expressão artística e a desconstrução de esteriótipos que aprisionem as práticas e participações sociais dos sujeitos nos espaços institucionais. Também possibilita trazer filmes que expandam essas formas de vida, práticas culturais e a construção de espaços sociais comuns.

SEDA Preta

Produzida por coletivos atuantes no movimento negro e nas práticas culturais de matriz africana, essa temática tem a intenção de trazer filmes que tenham a direção e/ou roteiro assinadas por pessoas que se considerem negras, para disparar um debate com os realizadores sobre a representatividade negra na TV e no Cinema brasileiro, passando, certamente, tanto pelos processos produtivos do audiovisual, como também o acesso às tecnologias dessas representatividades no setor do audiovisual.

SEDA Rua

perspectiva de trabalhar o espaço público e em quem nele se insere, identifica­se, aonde se vive e se disputa culturalmente. Nesta campanha, a ocupação do espaço público é a grande discussão ética e estética; e os filmes tem a função de trazer o debate dos direitos ao espaço público e da desconstrução da imagem e estereótipos já consolidados. Isso possibilita partir de uma ampliação/expansão de repertório dessas práticas culturais mal vistas pela sociedade em geral. E isso é possível por meio de filmes que trabalhem as categorias e sujeitos que disputam a rua e que vivem a realidade nos grandes centros; entre eles: grafiteiros, skatistas, artistas, pessoas em situação de rua, performances, interventores urbanos, artistas, entre outros.

SEDA Gêneros

Estimula os debates sobre gêneros, transgêneros, LGBTT, lutas e participação das mulheres dentro do campo do audiovisual e da comunicação, entre outras questões que somente filmes feitos por essas representatividades trazem e se desenham como política necessária nos campos institucionais, de serviços e de direitos. A Seda Gêneros consolida seu mosaico de práticas com filmes que trazem a transgressão dos espaços sociais do homem. Atualmente, as mulheres estão em todos os espaços e querem a igualdade de gênero.

SEDA Memória

A Seda Memória traz a exibição de filmes e a participação de convidados para o debate sobre os novos paradigmas do digital e da multimídia na questão das organizações de acervo e memória individual e coletiva nos dias atuais. Trata­se dos desafios de se organizar, disponibilizar, publicizar e veicular informações nas redes sociais de forma a agregar na discussão as formas de representatividade midiática.

SEDA Memória

A Seda Memória traz a exibição de filmes e a participação de convidados para o debate sobre os novos paradigmas do digital e da multimídia na questão das organizações de acervo e memória individual e coletiva nos dias atuais. Trata­se dos desafios de se organizar, disponibilizar, publicizar e veicular informações nas redes sociais de forma a agregar na discussão as formas de representatividade midiática.

SEDA Juventudes

Dentre outras possibilidades, pretende­se trabalhar as práticas da juventude na atualidade com um recorte do que significa a redução da maioridade penal na sociedade. Isso possibilita trazer um debate do que se traduz a juventude na perspectiva social, da construção de espaços de lazer e cultura e sua produção midiática, principalmente a que se refere a juventude negra.

SEDA Práticas Culturais Periféricas

A Seda Práticas Culturais Periféricas foi forjada aos poucos e ganhou corpo somente na V Semana do Audiovisual, em que se percebe a necessidade de se discutir as práticas culturais, identidades, subjetividades e pertencimento das pessoas nas periferias de Campinas e região, traçando debates específicos para dar visibilidade às formas de se produzir a vida.

SEDA Trabalho

uma construção nova na edição da Semana no ano de 2015, trazendo filmes para se debater o universo do trabalho: suas contradições, seu campo de importância nas construções de relações sociais, as categorias, sindicatos, as regulamentações,o trabalho informal, a arte e educação; enfim, suas especifidades políticas e culturais representadas na produção audiovisual independente.

SEDA em Formação

É uma campanha para aprendizados e formações na Semana do Audiovisual; isto é, em todos os espaços, são incentivadas e promovidas oficinas, palestras, seminários, debates, vivências, produção partilhada, intercâmbio cultural, circulações de agentes entre outras formas de aprendizagem social.

Mais informações na página do Coletivo Moinho na internet. (Carta Campinas com informações de divulgação)