cartaz-edital-campos-cópiaO Festival Brasil Instrumental em sua décima edição acontecerá em Campinas de 13 a 20 de novembro na Unicamp (Adunicamp, Ciclo Básico II, Auditório da FCM), no Bar Almanaque Café e na Lagoa do Taquaral. A edição deste ano traz shows e debates com Arrigo Barnabé, Toninho Ferragutti, Benjamin Taubkin, entre outros mestres dos sopros, das cordas e da percussão. No total serão 17 shows e cinco debates.

O Festival foi criado pelos músicos Paulo Flores e Paulo Braga, no Conservatório de Tatuí, com a proposta de promover o encontro entre a MPB instrumental tradicional e contemporânea. Depois de uma década de shows e intercâmbios envolvendo instrumentistas de todo o país, o festival deixa seu berço para se tornar itinerante, como forma de valorizar a produção musical de outras regiões paulistas e aproximar um público maior do gênero.

Por meio de edital, o Festival aconteceu em seis municípios (São Paulo, Presidente Prudente, Campos do Jordão, Itapira, Ribeirão Preto, Ubatuba), com inscrições de cerca de 150 músicos (solos e grupos), que foram selecionados para participar do circuito em Campinas.

Segundo Paulo Flores, o projeto vem recebendo, em suas edições, centenas de artistas, músicos e produtores culturais de todas as partes do Brasil. O evento, realizado através do ProAC Festivais, tem apoio da Prefeitura de Campinas e parceria da Unicamp. (Da Rede Carta Campinas com informações de divulgação)

Veja mais informações sobre os músicos que participarão do Festival e também a programação completa:

Artistas:
Benjamin Taubkin
A música brasileira e seu diálogo com outras culturas é o campo de atividade deste pianista, arranjador, compositor e produtor que atua em diversas formações em concertos no Brasil e exterior. Seu primeiro disco autoral, A Terra e o Espaço Aberto, lançado em 1997, foi indicado ao Prêmio “Sharp” e “Movimento”. Ainda em 1997, iniciou uma série de formações com as quais lançou diversos CDs, como a Orquestra Popular de Câmara, Moderna Tradição; Cantos do Nosso Chão, Trio + 1, e o América Contemporânea – que reúne músicos e repertório de países da América do Sul -, além da parceria com o Soukast, com o percussionista radicado em Londres, Adriano Adewale; com o grupo Bongar de Pernambuco; com músicos marroquinos; e com a bailarina de dança contemporânea, Morena Nascimento, que foi integrante da Companhia Pina Bausch. Benjamin é ainda autor do livro “Viver de Música” a convite da Editora BEI (2001) e programador do Mercado Cultural da Bahia desde 2001. Está à frente, desde 1997, da gravadora e produtora, Núcleo Contemporâneo e, desde 2011, da Casa do Núcleo, centro cultural dedicado à música, em São Paulo.

Cambanda
Nascida com o sobrenome “Combo”, do inglês combination, uma combinação de instrumentos musicais não determinados, com os quais, a partir de uma formação não convencional, procura-se pesquisar, compor, arranjar, estudar, resgatar, praticar e divulgar a música instrumental e de improvisação. Criada em 1992 por Paulo Flores, Cambanda Jazz Combo uniu alunos e professores do curso de MPB e Jazz do Conservatório de Tatuí em torno do resgate da história da música brasileira em formações diferenciadas, e ainda, do trabalho de composições e arranjos inéditos de Paulo Flores, os quais destacam de maneira marcante a cultura dos ritmos brasileiros. Fruto do trabalho marcado por propostas harmônicas e melódicas bastante arrojadas, foi o primeiro CD do grupo, “Rumo Norte”, lançado em 1998, com obras de Paulo Flores. Com essas obras a Cambanda Jazz Combo recebeu diversos prêmios de música instrumental, com a obra “Espírito da Coisa” foi premiada no Festival de Jazz Latino de Havana, em Cuba, no ano de 2004, sendo esta então interpretada pelo legendário agrupamento de jazz latino Irakerê, de Chuchu Valdez. Atualmente a Cambanda Jazz Combo trabalha na produção de seu segundo CD, denominado “Sextando”. Autoral, o CD traz, entre outras, a faixa “Sexta”, com participação do violeiro Paulo Freire, o primeiro “choruses causo” da história.

Maurício Gerace Trio
Músico, compositor, o contrabaixista Maurício Gerace se destaca no meio musical por sua criatividade e musicalidade presentes não só nas interpretações e arranjos, mas principalmente por suas composições calcadas nos ritmos brasileiros e no jazz. Composições essas que fazem parte do seu mais novo trabalho, “Maurício Gerace trio – Fotossíntese”. Com a formação de trio, Gerace acredita poder dar mais liberdade tanto para composições quanto para os músicos, transformando sua composição em uma composição coletiva. Em seu projeto “Maurício Gerace Trio”, o contrabaixista é acompanhando pelos excelentes músicos, Fabrizio Casaletti (guitarra) e Rafael Lourenço (bateria), onde têm uma influência direta na identidade sonora do trio.

Paulo Freire Trio
Paulo Freire está trazendo uma concepção moderna para o mundo da viola, este instrumento que partiu do sertão para invadir as salas de concerto. Adriano Busko, na percussão, e Tuco Freire, no contrabaixo, juntam-se ao violeiro. Estes músicos atuam juntos há muito tempo e, com uma formação musical eclética, trazem o lundu, os toques de viola, as canções sertanejas, e até o blues de Miles Davis. No repertório serão apresentadas músicas presentes nos CDs de Paulo Freire, composições do violeiro que já foram temas de programas da TV Globo (minissérie “Grande Sertão: Veredas”, programa “Globo Rural”), arranjos instrumentais para clássicos da música caipira, como Tristezas do Jeca (Angelino de Oliveira) e Moreninha Linda (Tonico, Priminho e Maninho); a inusitada mistura de viola de cocho e baixo acústico nos temas Round Midnight (Thelonius Monk) e All Blues (Miles Davis); e suas versões para Acalanto (Dorival Caymmi), e For no One (Lennon e McCartney).

Trio 3 Pontos
Composto por músicos formados no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí, os três jovens, Dô de Carvalho(sax), João Casimiro(bateria) e Sidney Filho(baixo) se juntaram em 2011, em busca de novos caminhos e uma sonoridade diferente, dando origem ao trio 3 Pontos. Depois de uma pesquisa de diversos trios com a mesma formação, através de transcrições e adaptações do repertório jazzístico, os integrantes começaram a trazer suas próprias composições, dando uma cara brasileira ao grupo e reforçando sua identidade. Um dos únicos grupos com essa formação no Brasil, a instrumentação surpreende na liberdade que da aos músicos nos momentos de improvisação, sem perder peso nos arranjos e se mostra eficaz na interpretação do repertório e ritmos brasileiros. Neste ano gravou seu primeiro CD com participação de André Marques (pianista da banda de Hermeto Pascoal) e Fabio Leal (guitarra).

Lupa Santiago & Paulo Braga
Dois grandes nomes da música instrumental e da educação musical agora juntos em CD e no palco. Lupa Santiago e Paulo Braga traduzem para guitarra e piano a musica brasileira instrumental com composições originais carregadas de ritmos brasileiros. Com harmonia moderna e improvisos inspirados, o CD N101 é o primeiro trabalho deste duo. O trânsito livre entre a espontaneidade do jazz e a sofisticação harmônica da música brasileira já é sugerido pelos temas que Santiago dedica ao maestro pernambucano Moacir Santos e ao saxofonista norte-americano Joe Henderson. Do jazzístico samba “N101” (nome de uma rodovia de Portugal que Santiago utilizou para homenagear seu parceiro) ao lirismo clássico da “Valsa” (de Braga), o que resulta é um inventivo diálogo musical que não precisa recorrer a palavras para conquistar o ouvinte.

Arrigo Barnabé
Nascido no Paraná, Arrigo Barnabé estudou composição na Universidade de São Paulo, onde se tornou um dos líderes da vanguarda paulista, baseando seu trabalho na experimentação e demonstrando influências do dodecafonismo erudito. Participou do Festival Universitário da TV Cultura nos anos 70 com “Diversões Eletrônicas” e em 1980 gravou o primeiro LP independente, “Clara Crocodilo” com o qual excursionou pelo Brasil acompanhado da banda Sabor de Veneno. Seu segundo disco, “Tubarões Voadores”, foi aclamado pela crítica. Compôs para cinema e teatro, ganhando diversos prêmios, e participou como ator do filme “Cidade Oculta”, para o qual compôs a trilha sonora. Seu trabalho é eclético, mesclando a vanguarda da música erudita contemporânea com música pop e rock pesado.

Toninho Ferragutti & Neymar Dias
Músicos, compositores e arranjadores, Toninho e Neymar tocam dois dos mais populares instrumentos do Brasil: o acordeon e a viola caipira. Juntos se reúnem para interpretar músicas singelas e já consagradas do repertório da música popular caipira com interpretações e arranjos simples e emocionantes.

Som de Sax
O músico Paulo Moreira participa do Brasil Instrumental com o projeto “Som de Sax”, que divulga a música instrumental de uma maneira interativa e agradável através de melodias consagradas da nossa música brasileira e clássicos internacionais. O projeto entra em seu quarto ano de existência, trazendo um novo show com o título “Sensações”. Paulo Moreira, paulistano, começou a sua trajetória musical ainda na infância, estudando violão. Nessa época, vivia no interior e teve que trabalhar como aprendiz em uma oficina mecânica para garantir a continuidade dos estudos. Mais tarde ingressou em uma banda marcial, onde teve seu primeiro contato com instrumentos de sopro. O primeiro deles foi o trombone, seguido do bombardino e trompa, tendo se destacado no conjunto pela facilidade no aprendizado. Aos 13 anos, após assistir uma comédia na qual um dos personagens era saxofonista, encantou-se com o som do instrumento e não mais o largou. Atualmente integra a Banda Nephesh.

Urubatã
O título “Alma” caracteriza a nova fase do Urubatã. Desde sua criação, em 2013, o duo (Richard Ferrarini, sax e clarineta, e Evandro Marcolini, violão) é fortemente inspirado pelo choro, gênero de música popular e instrumental brasileira com mais de 100 anos de expressão, e influenciado pelo jazz. Esta nova fase vem somar com a essência do Urubatã, que faz uma ponte entre os estilos que nasceram e atravessaram o século 20, chegando aos dias atuais com mais liberdade de interpretação e improvisação.

Trio Macaíba
Eles são professores e pesquisadores de cultura popular que se debruçaram por um gênero genuinamente brasileiro, o forró. De origens diversas, Beto Corrêa (sanfona e voz), Cléber Almeida (zabumba e voz) e Ramon Vieira (triângulo e voz) dedicam-se a mais tradicional vertente do ritmo, o conhecido “forró pé de serra. O trabalho é autoral, traz composições próprias e interpretações de músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil e Djavan.

Programação

Brasil Instrumental
De 13 a 20 de novembro de 2013

Unicamp
Shows com entrada franca
Dia 13 – Ciclo Básico II
12h Léo Ferrarini e JP Gonçalves Duo
18h Paulo Freire Trio

Dia 14 – Ciclo Básico II
12h – Espinho de Limoeiro
18h – Toninho Ferragutti e Neymar Dias

Dia 15 – Adunicamp
20h Maurício Gerace Trio

Dia 16 – Adunicamp
20h Som de Sax

Dia 17 – Auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM)
20h Arrigo Barnabé

Dia 18 – Ciclo Básico II
12h Noneto de Casa

Dia 18 Auditório da FCM
20h Lupa Santiago e Paulo Braga

Dia 19 – Ciclo Básico II
12h Código Ternário

Dia 19 – Auditório da FCM
20h Benjamin Taubkin Trio + 1

Almanaque Café
Endereço: Av. Albino José Barbosa de Oliveira, 1240. Barão Geraldo, Campinas. Telefone (19) 3249.0014
Dia 13, 21h – Trio 3 Pontos – Couvert R$ 20
Dia 14, 21h – Toninho Ferragutti e Neymar Dias – Couvert R$ 30
Dia 17, 21h – Forró Pé de Serra com Trio Macaíba – Couvert R$ 20
Dia 18, 21h – Duo Urubatã – Couvert R$ 20
Dia 19, 21h – Paulo Flores e Cambanda – Couvert R$ 20
www.almanaquecafe.com.br

Lagoa do Taquaral
Dia 20 – Concha Acústica
11h – Jazz Combo de Tatuí com o show Coisas Moacir Santos
Entrada franca

Debates
Local: Adunicamp (Unicamp)
Dia 13, 15h Paulo Freire
Dia 14, 15h Toninho Ferragutti e Neymar Dias
Dia 17, 15h Arrigo Barnabé
Dia 18, 15h Lupa Santiago
Dia 19, 15h Benjamin Taubkin
Entrada franca