.Por Flávio Luiz Sartori.

Nas eleições de ontem, 15/10, o chavismo elegeu 17 dos 23 governadores do país nas eleições regionais.

De acordo com a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, somente o estado de Bolívar não tinha uma tendência irreversível dos votos, porém nos nos outros 22 estados ja era possível ter certeza que o chavismo elegeu 17 governadores e a oposição cinco. Mesmo o voto não sendo obrigatório na Venezuela, participação eleitoral foi de 61,14%, segundo o CNE. Um número superior a 53,94% das eleições regionais de 2012.

O chavismo também triunfou no estado de Miranda, onde a oposição sempre obteve a maioria dos votos. Vale a pena lembrar que o estado foi onde ocorreram os protestos mais violentos entre abril e julho deste ano, deixando mais de 100 mortos, além do fato de que era governado por Henrique Capriles Radonski, um dos principais líderes da oposição. Para estas eleições, 18.099.391 venezuelanos foram qualificados para votar em 13.559 locais de voto instalados em todo o país com 30.274 máquinas e 4.216 mesas de contingência.

O dia começou às 6:00 da manhã com a ativação de 99% dos locais de voto e um alto afluxo de pessoas. O presidente da CNE, Tibisay Lucena, disse que “este é o processo eleitoral onde menos notícias teve” e salientou que os poucos problemas apresentados foram resolvidos em tempo hábil.

Ao contrário do que a Globo, Folha UOL, Estadão e Band e outros noticiaram aqui no Brasil, as eleições na Venezuela incluíram um Acompanhamento Internacional, composto por um grupo de mais de 50 especialistas eleitorais, incluindo membros do Conselho de Peritos Eleitorais da América Latina (Ceela), acadêmicos, ativistas sociais, políticos, parlamentares e jornalistas, bem como membros de movimentos sociais e para a defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos e de países da América Latina e Europa.

A socióloga e analista política Carol Murillo, membro dos acompanhantes internacionais, disse que observaram a “excelente organização” do Conselho Nacional Eleitoral em todas as etapas para que os venezuelanos pudessem exercer seu direito de voto. “Tudo foi absolutamente sincronizado”, disse ela.

Na quinta-feira, 12/10, o perito eleitoral salvadorenho Walter Araujo disse que os partidos da oposição aprovaram a confiabilidade do sistema eleitoral através de 12 auditorias assinadas por organizações políticas desde o último 15 de agosto. O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, estendeu a mão para os cinco candidatos da oposição que foram vitoriosos nos estados Táchira, Zulia, Nueva Esparta, Mérida e Anzoátegui .

Maduro afirmou: “A partir de agora, entrei em contato com os cinco governadores da oposição para trabalhar para as suas regiões de agora em diante, eu sou Chefe de Estado, eu sou Chefe de Governo”.

Análise

A vitoria do chavismo nas eleições deste domingo na Venezuela, principalmente no já citado estado de Miranda, mostra que os eleitores na América Latina já estão percebendo que a direita entreguista e disposta a tirar os direitos conquistados pelas maiorias, principalmente de trabalhadores, com apoio de segmentos das elites e dos mercados através dos EUA e da CIA, está cada vez mas sendo desmascarada em um processo que deverá se estender para além da Venezuela e, isto é possível de perceber no Brasil com a liderança de Lula nas pesquisas, apesar dos constantes e covardes ataques que ele sofre por parte da Globo, Folha UOL, Estadão e Band e outros.clique aqui (Do Blog A Essência Além da Aparência )