As Lojas Marisa, que já foi investigada por trabalho escravo e depósito de R$ 3,2 milhões em conta de empresa de doleira presa na operação Lava Jato, fez piada publicitária com a ex-primeira Marisa Letícia, morta recentemente.

Em outro caso, de 2012, a Marisa fez peça publicitária de cunho machista. Mulheres fizerem protesto em frente a loja. A empresa parece representar a ebulição do caldo reacionário emergido recentemente no Brasil.

De acordo com reportagem de O Globo de 2014, a Marisa foi envolvida em denúncias de utilizar mão-de-obra em condições análogas à escravidão em 2007 e depois em 2010. Veja só,  a Marisa questiona na Justiça a autoridade dos auditores do Ministério do Trabalho nas fiscalizações e também a constitucionalidade da Lista Suja do Trabalho Escravo. “Estamos exercendo nosso direito de defesa”, afirmou Ricardo José Ribeiro dos Santos, diretor de Expansão, Patrimônio e Relações Institucionais da Marisa. (Veja aqui)

Em outra reportagem, sobre a Operação Lava-Jato, as Lojas Marisa depositou R$ 3,2 milhões numa conta da doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão por evasão de divisas. A mulher dava apoio ao doleiro Alberto Youssef e teria movimentado R$ 221 milhões em dois anos.

Matéria do jornal Valor Econômico mostrou que R$ 3,2 milhões foram transferidos entre junho de 2009 e maio de 2014 da Lojas Marisa para a Choco Bijoux, empresa usada de fachada.

A Lojas Marisa afirma que foi parceira comercial da Choco Bijoux entre 2009 e 2012, sendo que esta última “fornecia bolsas, cintos e acessórios diversos”.

A rede de lojas, no entanto, não esclareceu porque continuou transferindo dinheiro para a Choco até maio deste ano, sendo que, em tese, a parceria estava encerrada desde 2012. (Veja Aqui)

Em 2012, a Loja fez uma série publicitária exalando machismo. Em sua das propagandas, considerada a mais irresponsável e criticada, a Marisa mostra uma mulher magra agradecendo à má alimentação que teve,  por ter alcançado seu objetivo que era apenas ficar magra para vestir um biquíni e ser elogiada por homens. Um incentivo à “prática irresponsável de dietas malucas e desconsiderando as pessoas que sofrem e morrem devido aos transtornos alimentares, cada vez mais comuns num mundo onde a magreza extrema é vendida como ideal de beleza”.(Veja Aqui)

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