Arquivado: Câmara de Campinas mantém mandato de Vini Oliveira em votação no plenário

(foto – câmara de campinas)

Por 22 votos a seis, a Câmara Municipal de Campinas rejeitou nesta terça-feira (1º) a cassação do vereador Vini Oliveira (Cidadania). Com esse resultado, o processo contra o parlamentar, instaurado após denúncia de conduta inadequada durante visita ao Hospital Mário Gatti, foi arquivado. A votação ocorreu em sessão de julgamento que se estendeu por mais de seis horas e meia.

Para que o mandato fosse cassado, era necessário o apoio de pelo menos dois terços do Legislativo, ou seja, 22 votos favoráveis ao afastamento. Votaram pela cassação a presidente da Comissão Processante (CP), Mariana Conti (PSOL) e os também vereadores de oposição Fernanda Souto (PSOL), Guida Calixto (PT), Gustavo Petta (PCdoB), Paolla Miguel (PT) e Wagner Romão (PT).

A denúncia, apresentada pela médica Daiane Copercini, apontava que, no dia 1º de janeiro deste ano, Vini entrou no pronto-socorro do hospital sem autorização, gravando servidores e pacientes durante o plantão noturno, o que teria representado abuso de autoridade e quebra de decoro parlamentar.

Na defesa, Vini alegou que agia em nome do mandato e que a visita foi motivada por denúncias sobre demora no atendimento médico.

A Comissão Processante (CP) responsável pela apuração recomendou o arquivamento do processo, com votos favoráveis à absolvição dos vereadores Nelson Hossri (PSD) – relator do caso – e Nick Schneider (PL). No relatório, Hossri argumentou que a conduta não teve gravidade suficiente para justificar a perda de mandato, o que seria “incompatível com os princípios que norteiam o Estado Democrático de Direito”. A única voz divergente na comissão foi a da vereadora Mariana Conti (PSOL), presidente da CP, que defendeu a cassação por quebra de decoro.

A Sessão de Julgamento em plenário começou com a leitura do processo. Dezessete vereadores se manifestaram na tribuna e o advogado de defesa de Vini, José Pedro Said Junior, teve duas horas para apresentar os argumentos finais. Com a rejeição da denúncia, o presidente da Câmara, Luiz Rossini, declarou o caso encerrado e determinou a comunicação oficial do resultado à Justiça Eleitoral.

COMO VOTARAM OS VEREADORES

A favor da manutenção do mandato

Arnaldo Salvetti (MDB), Benê Lima (PL), Carlinhos Camelô (PSB), Carmo Luiz (Republicanos), Dr. Yanko (PP), Edison Ribeiro (União), Eduardo Magoga (Podemos), Filipe Marchesi (PSB), Guilherme Teixeira (PL), Hebert Ganem (Podemos), Higor Diego (Republicanos), Luis Yabiku (Republicanos), Luiz Rossini (Republicanos), Marrom Cunha (MDB), Mineiro do Espetinho (Podemos), Nelson Hossri (PSD), Nick Schneider (PL), Otto Alejandro (PL), Paulo Haddad (PSD), Roberto Alves (Republicanos), Rodrigo Farmadic (União) e o próprio Vini Oliveira (Cidadania).

Pela cassação
Fernanda Souto (PSOL), Guida Calixto (PT), Gustavo Petta (PCdoB), Mariana Conti (PSOL), Paolla Miguel (PT) e Wagner Romão (PT).

Abstenção
A vereadora Débora Palermo (Republicanos) se absteve

Ausentes
Marcelo Silva (PP), Permínio Monteiro (PSB) e Rubens Gás (PSB) não estavam presentes na votação.


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