(reprodução revista fórum)

Por Plínio Teodoro/ Fórum

Bolsonarista, olavista e ex-direitor controlador do Circulo Militar de São Paulo. Essa é apenas parte do “currículo” do coronel da reserva Virgílio Parra Dias, que desapareceu e está sendo procurado pela polícia após a explosão de seu apartamento em Campinas, no interior paulista, na noite deste sábado (24).

No local, o militar da reserva guarda 111 armas de fogo, além de uma quantidade incontável de munição e granada. o fogo começou quando um dos artefatos explodiu, gerando explosões em série.

Ao menos 34 pessoas que inalaram fumaça precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma em estado grave.

Após a explosão, o coronel, que não estava no apartamento, voltou ao local e chegou a ser flagrado por vídeo conversando com policiais.

No entanto, ele desapareceu após a conversa com os policiais. O carro dele permanece estacionado na rua do prédio, que segue interditado por causa do perigo de novas explosões.

O Comando Militar do Sudeste do Exército (CMSE) informou que ele possui certificado de registro válido como caçador, atirador e colecionador, os chamados CACs.

Comandante

Nascido em 21 de abril de 1954, o coronel Parra Dias entrou para a Academia Militar das Agulhas Negras, a Aman, em 1977, quando Jair Bolsonaro (PL) se formou.

Nas redes, o militar se mostra apoiador de Bolsonaro e seguidor das teorias do guru Olavo de Carvalho.

Na última publicação política, em 6 de abril de 2023, Parra Dias, no entanto, se mostra inconformado com a traição dos generais que não aderiram ao golpe ao compartilhar um vídeo de Olavo de Carvalho.

Na carreira militar, Parra Dias chegou ao posto de Comandante da 2ª Divisão de Exército, sediada em São Paulo, e atuou como diretor do Circulo Militar, clube dos reservistas da força.

Na reserva desde 2010, com a patente de general de brigada, Coronel Parra Dias recebe um salário mensal bruto de R$ 29,4 mil. (Da Revista Forum)