Na operação da Polícia Federal (PF) desta quinta-feira, 8 de fevereiro, que fez busca e apreensões relacionadas à tentativa de golpe de Estado tramada por militares e integrantes do governo Bolsonaro, foi encontrada uma pepita de ouro entre os pertences do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Segundo informações obtidas pela TV Brasil, essa pepita foi submetida a uma análise. E a conclusão foi de que esse fragmento de ouro é oriundo de atividade de garimpo ilegal.
Segundo o laudo da Polícia Federal, a pepita de cerca de 40 gramas tem “teor aproximado de 91,76% de ouro contido” e valeria aproximadamente R$ 12 mil. Para saber se essa pepita tem origem nas terras yanomami, ela passará por análises para confrontar o perfil químico da pepita de Valdemar com os demais perfis registrados em um cadastro instituído pelo governo federal.
A pepita pode se transformar em mais uma prova da ligação do grupo de Bolsonaro e do PL, partido do ex-presidente, com o genocídio yanomami, caso seja comprovada que a pepita é proveniente da extração ilegal nas terras indígenas. O governo Bolsonaro e sua ministra Damares Alves foram representados criminalmente prela tragédia yanomami. O governo Bolsonaro permitiu uma espécie de campo de concentração yanomami.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso durante essa operação, mas por outro motivo. Policiais encontraram uma arma de fogo sem documentação regularizada. A princípio, ele seria apenas alvo de mandados de busca e apreensão. No entanto, durante as ações, ele foi flagrado portando ilegalmente uma arma, o que justificou sua prisão.
A ação da PF na residência de Costa Neto ocorreu no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.
O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da operação. Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. (Com informações da Agência Brasil)