(foto joedson alves – ag brasil)

A taxa de juros do Brasil é o maior custo Brasil e que impede investimentos e geração de renda e emprego ao mesmo tempo que transfere recursos da população para a parcela mais rica da sociedade. Os Brasileiros ficam R$ 48 bilhões mais pobres e endividados a cada subida de um ponto percentual da taxa de juros. Atualmente é a maior do mundo. Ela está em 13,75% desde agosto do ano passado e tem afetado toda a sociedade brasileira, de empresas a famílias.

O índice é tão alto que, caso fosse reduzido em apenas meio ponto percentual durante um ano, garantiria todo o orçamento de 2023 para o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). E ainda sobraria dinheiro. Muito.

Cada 0,5% da Selic, indicador que mede os juros brasileiros, custa atualmente ao país mais de R$ 17 bilhões, enquanto o programa para construir casas próprias para famílias de baixa renda tem previsão orçamentária de R$ 10 bilhões. Os outros R$ 7 bilhões restantes garantiriam ainda o pagamento integral do Farmácia Popular por pelo menos três anos. Isso apenas 0,5%!!

“A alta de juros atualmente praticada pelo BC dificulta o crescimento da economia e, consequentemente, as políticas sociais planejadas pelo governo”, critica a senadora Teresa Leitão (PT-PE).

A taxa básica de juros é definida em reuniões do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central. Quando esse índice está alto, o objetivo é controlar a inflação – reduzindo também o crescimento econômico. Isso porque empresas e pessoas físicas restringem o consumo, já que a população fica sem condições de comprar e os empresários evitam linhas de crédito para fazer investimento.

Ao mesmo tempo, a taxa maior de juros também aumenta o valor da dívida pública do governo – reduzindo a verba para programas sociais e obras, por exemplo.

“A taxa de juros brasileira é, em termos reais, uma das maiores do mundo e falar disso não deve ser visto como um crime contra a sociedade. Quando temos uma Selic tão elevada, o capital que deveria ser investido na ampliação de empresas e negócios e na geração de empregos se abriga na segurança dos investimentos em títulos públicos. Ao mesmo tempo, essa situação obriga o país a gastar nacos generosos do orçamento para financiar a dívida pública e retira verbas de programas como o Bolsa Família”, critica a senadora Augusta Brito (PT-CE).

A parlamentar destaca que o índice atual impede a reação da economia brasileira e o país de voltar a crescer. Por isso, ela defende um equilíbrio nas decisões do Copom. “Sou favorável a ideia de que o Banco Central não deve ter como meta apenas a queda da inflação, mas deve se comprometer também com níveis aceitáveis de emprego e de crescimento da economia”, acrescentou.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o indicador em 13,75% é um enorme problema para retomar a economia. “É essa a preocupação do presidente Lula. Com muita responsabilidade, ele tem urgência em resolver os graves problemas pelos quais passa o Brasil, a fome que se abate sobre o nosso povo, a necessidade de retomada da geração de emprego e renda. Para isso, a autoridade monetária precisa estar atenta e trabalhando em favor. Ou, do contrário, esses esforços que estamos fazendo não surtirão os efeitos desejados, com a urgência necessária”, destacou Humberto. (Com informações da AGPT)